Mozarildo protesta contra denúncia feita por índia Wapichana na OEA



O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) protestou nesta segunda-feira (19) contra denúncia feita pela índia do povo Wapichana, na Organização dos Estados Americanos (OEA), contra o governo brasileiro, de maus-tratos aos indígenas e demora na demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, na região da fronteira norte do país.

- A denúncia é mentirosa, macula a imagem do governo brasileiro e reivindica pressa desmedida na homologação de uma reserva que tem implicações graves de soberania nacional, que precisam ser pesadas com rigor - disse.

De acordo com o senador, somente em Roraima já foram demarcadas 32 reservas, cinco das quais no governo de Luís Inácio Lula da Silva. As entidades religiosas e as organizações não-governamentais (ONGs) que atuam no extremo norte do país pressionam pela demarcação de 1,7 milhão de hectares, de maneira contínua, para abrigar 15 mil índios. Por outro lado, empresários, governantes e a imensa maioria da população civil preferem a demarcação em ilhas, o que equivaleria a uma diminuição de apenas 15% da área.

Mozarildo ressaltou a necessidade de defender a soberania nacional, pois a reserva é formada de longa faixa de fronteira, numa região explosiva, que convive com a proximidade de guerrilheiros e traficantes. O senador citou o coronel da reserva, Geraldo Cavagnari, membro do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp), a seu ver peremptório: "Nenhum país do mundo concede soberania a qualquer povo, indígena ou não, numa área de fronteira".

Em apelo dirigido ao presidente da República, Mozarildo sugeriu que Lula não se deixe influenciar por denúncias infundadas, como a que foi apresentada junto à OEA, e decida sobre a reserva Raposa/Serra do Sol com serenidade e na hora certa, atendendo à comunidade indígena, sem obstruir o desenvolvimento econômico da região nem submeter os interesse nacionais aos ditames de alguns grupos atuantes na região.

Miss Roraima

Mozarildo Cavalcanti apresentou suas congratulações à candidata de Roraima, no certame Miss Brasil, Catarina Guerra, que alcançou a quarta colocação. Segundo ele, atualmente o concurso é diferente e atrai universitárias como Catarina, que é estudante de Medicina. Além da beleza, disse, são levadas em consideração qualidades intelectuais e presença no palco.



19/04/2004

Agência Senado


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