Ideli protesta contra "utilização eleitoreira" de denúncia do Ministério Público



A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), criticou a suposta "utilização eleitoreira" da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que pede o indiciamento de 40 pessoas apontadas como envolvidas no chamado esquema do "mensalão". Ideli classificou a denúncia como "dura e pesada", mas fez questão de deixar claro que ela demonstra que as instituições estão funcionando, mesmo em meio à crise política.

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A senadora também ressaltou que a denúncia não representa condenação antecipada: caso acolhida pelo Supremo Tribunal Federal, será aberto processo investigativo e quem for arrolado terá direito ao contraditório e à ampla defesa.

- Por enquanto, ninguém é culpado - afirmou.

A senadora explicou que o PT encaminhará ao Ministério Público complementação ao relatório final da CPI dos Correios, solicitando inclusões na lista de indiciamentos. Ideli manifestou estranheza diante do acolhimento, pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), de parte do voto em separado apresentado pelo PT, propondo o indiciamento de Daniel Dantas, do Banco Opportunity, e de Carla Cico, ex-presidente da Brasil Telecom. Na sua avaliação, isso não foi submetido a voto no dia da aprovação do relatório final.

Ideli destacou a isenção do procurador-geral, lembrando que ele fez a denúncia no dia 30 de março, antes, portanto, de receber o relatório final da CPI. Para a senadora, Antonio Fernando é um procurador "encaminhador e não engavetador" de denúncias.

Jefferson Péres considera "gravíssima" denúncia contra petistas



12/04/2006

Agência Senado


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