MOZARILDO REIVINDICA MAIS ATENÇÃO PARA A REGIÃO NORTE



O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) reivindicou nesta segunda-feira (dia 6) mais atenção do governo para a região Norte. "É imprescindível que os brasileiros deixem de pensar unicamente no litoral e olhem para o interior, em especial para a Amazônia. Há problemas sérios em países vizinhos como a Colômbia e a Venezuela que podem respingar no Brasil", alertou.Para Mozarildo, desde os tempos do "milagre brasileiro" na década dos 70, o país vem passando por processos diversos de desaceleração da atividade produtiva, culminando nas crises dos últimos governos. "Houve retrocesso nas políticas sociais e de desenvolvimento regional, deixando algumas regiões mais pobres do que já eram. Na verdade, mesmo na época do "milagre" a região Norte ficou fora de seus benefícios", disse.Mozarildo reconheceu que se registraram, nos últimos anos, "alguns poucos resultados" em favor das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "Houve um aumento da localização de grandes empresas entre 70 e 90: no Norte, de 0,9 para 3%; no Nordeste, de 6,3 para 10,15%; e no Centro-Oeste, de 1,6 para 2,9%. Muito pouco, se considerarmos que 80% dessas empresas ainda se concentram nas regiões Sul e Sudeste", afirmou. O senador por Roraima citou o programa de Financiamento e Empreendimentos (Finem) do BNDES, como exemplo da discriminação que sofrem as regiões mais pobres do Brasil. "Para a aquisição e leasing de equipamentos importados, são disponibilizados R$ 7 milhões para empreendimentos das regiões Sul e Sudeste. No caso das demais regiões, o valor fica reduzido para R$ 1 milhão", disse ele.Ao finalizar seu pronunciamento, Mozarildo Cavalcanti afirmou que a concentração de recursos e investimentos no Sul e Sudeste também tem seus aspectos prejudiciais. "Isso fomenta a migração proveniente das regiões mais pobres, pressionando os serviços públicos e a oferta de empregos".Em aparte, o senador Édison Lobão (PFL-MA) afirmou que o governo precisa tomar decisões que beneficiem as regiões desfavorecidas, sob pena de continuarem a existir, no Brasil, injustas e profundas desigualdades regionais. Também em aparte, o Pedro Simon (PMDB-RS) fez questão de afirmar que o Rio Grande do Sul também ficou de fora de muitos tipos de incentivos regionais.

06/09/1999

Agência Senado


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