NABOR ALERTA PARA AMEAÇA À DEMOCRACIA DA AMÉRICA DO SUL
- Basta olhar o mapa e prestar atenção aos dados geográficos e à precária presença do Estado brasileiro na Amazônia para descobrir que será aqui que se instalarão - afirmou.
Os produtores de coca, avalia o senador, ao verem erradicadas suas plantações, também buscarão outro lugar para continuar produzindo a droga, para suprir o mercado consumidor norte-americano.
- Ao olhar as grandes extensões de terras brasileiras com esparsas populações na Amazônia, é fácil prever que irão atravessar as fronteiras brasileiras para se instalarem no país - argumentou.
Nabor Júnior chamou a atenção para a gravidade de uma situação que ameaça toda a Amazônia, porque embute velhos sonhos de internacionalização da área. É metade da América do Sul, onde estão imensas reservas minerais e de recursos naturais, advertiu.
O senador lembrou que o seu estado, o Acre, faz fronteira com a Bolívia - que já foi o maior produtor de coca antes do surgimento dos cartéis colombianos - e também com o Peru que tem produção significativa da droga e vive momento de efervescente mobilização rebelde, fatores que criam forte clima de instabilidade regional. "Não é difícil antever o que vem por aí", alertou.
Na próxima semana, avaliou o senador, o tema da intervenção militar e política norte-americana na Colômbia deverá centralizar as atenções do Plenário e das comissões do Senado. "O Brasil não pode ficar inerte nem se omitir perante ameaças tão concretas e preocupantes à sua soberania e à sua paz interna", observou Nabor Júnior.
06/09/2000
Agência Senado
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