Jefferson Péres alerta para "ameaça à PEC paralela"
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) alertou nesta quinta-feira (22) que está ameaçado o compromisso assumido entre o governo e os líderes partidários do Senado em torno da aprovação da proposta de emenda à Constituição nº 77/2003, a chamada PEC paralela, que altera a reforma da Previdência, já promulgada pelo Congresso.
- Agora é definitivo. O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, comunicou de forma categórica que a chamada PEC paralela não será aprovada durante o período da convocação extraordinária. No máximo será apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A PEC está ameaçada - disse.
Jefferson lembrou que a partir de abril inicia-se o processo das eleições municipais e deputados da base de apoio do governo têm declarado que não assumiram compromisso de aprovar a PEC paralela.
- Todos sabemos que essa convocação extraordinária só foi feita por causa do compromisso de votar a PEC paralela na Câmara dos Deputados. O que mais tem de urgente aqui? Tenho certeza que os senadores Tião Viana (PT-AC), Paulo Paim (PT-RS), Aloizio Mercadante (PT-SP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) não teriam assumido esse compromisso se não estivessem convencidos disso. Como ficam eles perante toda a sociedade brasileira e os servidores públicos? - questionou.
Jefferson Péres ainda cobrou respeito ao Congresso Nacional como instituição "indispensável ao país" e alertou para as conseqüências políticas de uma convocação extraordinária em que apenas se faz discurso e não se vota nada.
- Vejam o preço político que estamos pagando. Não sei se ainda há tempo para uma mobilização no governo e tentar convencer o presidente da Câmara a mudar de opinião - concluiu.
22/01/2004
Agência Senado
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