NABOR JÚNIOR DEFENDE REVISÃO NA ESTRUTURA TRIBUTÁRIA DO PAÍS



O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) defendeu uma revisão urgente em toda a estrutura tributária nacional. Sua proposta é ampliar a base de incidência dos impostos, combater a sonegação e diminuir os custos sobre os trabalhadores das medidas tomadas em nome da luta contra a inflação e do desequilíbrio econômico. - Em primeiro lugar, tem que haver uma reforma tributária global, racionalizada, justa, imune a pressões espúrias ou à força dos lobistas que sempre se multiplicam quando os privilégios de seus financiadores se vêem ameaçados; depois, devemos buscar o aumento da base de incidência, combatendo sem descansos a sonegação - enumerou Nabor Júnior. O senador pelo Acre posicionou-se contra a forma como a sonegação é tratada no país através de sofismas como "economia paralela". Nabor Júnior também sugeriu a redução de mecanismos que permitem às grandes empresas e aos capitalistas reduzir suas próprias bases de incidência tributária. Outra medida defendida pelo parlamentar foi a ampliação dos investimentos em recursos humanos e tecnologia para que a fiscalização possa dispor de melhores condições para a luta contra a sonegação.Nabor Júnior criticou a legislação tributária atual, que, na sua opinião estipula um imposto sobre o salário ao invés de um imposto sobre a renda. Ele informou que nos últimos seis anos a arrecadação das pessoas jurídicas aumentou 56%, enquanto, no mesmo período, os cidadãos estão pagando mais 152%. O senador afirmou que os números confirmam que o peso dos tributos está aumentando cada vez mais para quem trabalha, enquanto se alivia a cobrança aos que especulam nos mercados de todos os tipos.- Ouve-se com freqüência, sem qualquer contestação oficial, a sentença proferida contra os assalariados: a sonegação praticada no Brasil equivale a toda a arrecadação colhida pela máquina fiscal. Se conseguirmos reduzir a sonegação em 50%, estaremos aumentando toda a arrecadação em 25%, além de dar à sociedade a satisfação que lhe é devida, a de que a impunidade dos poderosos não pode ser tolerada pela Nação - encerrou Nabor Júnior.

27/04/1999

Agência Senado


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