Nabor Júnior defende volta do Proálcool



Diante das notícias de suspensão do fornecimento de petróleo por parte do Iraque e da Líbia, do anúncio de aumento do preço do barril pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e da crescente escalada de hostilidades entre Israel e a Cisjordânia, o senador Nabor Júnior (PMDB-AC) defendeu nesta segunda-feira (8) a retomada das negociações em prol da paz na região e a reativação do Proálcool.

Segundo o senador, os conflitos em Jerusalém estão preocupando todos os países que pregam a paz e o entendimento entre os povos. Ele afirmou não ver perspectiva de paz duradoura a curto prazo e lembrou que foi sob a direção de um brasileiro, o chanceler Osvaldo Aranha, que a ONU criou o Estado de Israel. "Pensou-se que o problema estaria resolvido, mas as hostilidades não cessaram e culminaram com a Guerra dos Seis Dias, quando Israel dizimou o exército egípcio e incorporou extensas faixas de terra ao seu território", comentou.

O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO), afirmou em aparte que falta vontade política ao governo para retomar o Proálcool e que a Petrobras foi a responsável pelo programa não ter seguido adiante. Ele ainda lembrou que a tecnologia desenvolvida pelo Proálcool foi exportada para vários países.

Para Nabor Júnior, a Petrobras já adquire grande quantidade do álcool produzido no país para adicioná-lo à gasolina. No seu entendimento, foram os usineiros que abandonaram o Proálcool quando priorizaram a produção de açúcar num momento em que o preço internacional estava bastante atraente, provocando o desabastecimento interno de álcool. "Eu mesmo tive três ou quatro carros a álcool, mas vendi rapidamente quando começou a crise de desabastecimento do combustível", contou o senador.



08/04/2002

Agência Senado


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