NABOR JÚNIOR PEDE SAÍDA RODOVIÁRIA PARA O PACÍFICO
Uma saída rodoviária que ligue a Amazônia ocidental ao Pacífico foi pedida hoje (dia 27) pelo senador Nabor Júnior (PMDB-AC). Ele ressaltou que o caminho já está implantado, restando apenas adaptá-lo para operações rotineiras e de tráfego pesado, o que poderá ser feito pela iniciativa privada.
A rota já implementada, segundo o senador, corta os estados do Mato Grosso, Rondônia e Acre, pela BR-364. A partir de Rio Branco, segue até Assis Brasil, última cidade antes da fronteira peruana. De lá, pode seguir para os portos peruanos de Ilo ou de Callao. Nabor lembrou que já há vários acordos bilaterais sobre o tema assinados entre Brasil e Peru, e o presidente Alberto Fujimori já se prontificou, por mais de uma vez, a iniciar as obras do lado peruano.
Nabor Júnior ressaltou que há, no país vizinho, um mercado potencial de 25 milhões de pessoas carentes de alimentos.
- Se Vossas Excelências me permitem a expressão popular, implantar essa estrada e abastecer o Peru com alimentos, escoando nossa própria produção, será o exemplo clássico de juntar a fome com a vontade de comer - no caso, de vender - afirmou o senador.
O grande objetivo do caminho para o Pacífico, porém, é alcançar o mercado asiático, com centenas de milhões de pessoas "quase famintas", segundo o senador. Para ele, nos tempos atuais, somente a região central do Brasil poderá abastecer este imenso mercado. Além disso, a estrada permitirá alcançar a costa oeste americana, "grande entreposto comercial e viário do Oceano Pacífico"
O senador citou notícias publicadas no final de semana atestando que o intercâmbio comercial com os países do Mercosul dá grande ênfase às trocas com a Argentina, mas é quase nulo com outros países: o Paraguai recebe 10% de nossas exportações e o Chile, 15%, sendo nulas as importações destes países, assim como é incipiente todo o comércio com a Bolívia.
Por outro lado, em Porto Alegre, 3% dos produtos vendidos são provenientes da Argentina - uma média três vezes maior que a do restante do Brasil. Este aumento é condicionado, segundo Nabor, pela proximidade e facilidade de transporte. Estes números justificariam a construção da nova estrada, que teria conseqüências benignas também no combate ao desemprego no Brasil.
27/04/1998
Agência Senado
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