Navio Cruzeiro do Sul permite maior exploração dos recursos do mar
A pesquisa científica voltada para o mar ganhou reforço nos últimos anos com a utilização do navio hidroceanográfico Cruzeiro do Sul. A embarcação foi adquirida, em 2007, por meio da cooperação entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Marinha do Brasil (MB). O investimento foi de R$ 27 milhões.
O navio funciona como Laboratório Nacional Embarcado, com capacidade para pesquisas em meteorologia, batimetria e oceanografia física, química e biológica. O equipamento disponibiliza à comunidade acadêmico-científica 80 dias por ano para atividades e projetos de pesquisa.
A primeira Comissão Oceanográfica Transatlântica foi realizada em 2009, com embarque de 28 pesquisadores que completaram dois perfis transoceânicos de coleta de dados oceanográficos para a identificação e o monitoramento das principais feições oceânicas e a obtenção de informações sobre a bacia do Atlântico Sul.
Em 2010, foram apoiados cinco projetos ao longo de toda a costa do Brasil pelo Cruzeiro do Sul. Outras seis propostas já foram avaliadas para este ano pelos comitês gestores e científico do Ministério da Defesa e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
De acordo com a coordenadora para Mar e Antártica da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do MCT, Maria Cordélia Machado, quatro propostas serão trabalhadas em conjunto pela semelhança da pesquisa.
“Uma grande proposta vai até a África coletando água, anotando dados de temperatura, de salinidade, das células vegetais e da cor do mar (apoiado por satélites). A outra vai estudar o processo das larvas do mar na cadeia Trindade-Vitória, no Espírito Santo”, adianta Cordélia.
No ano de 2010 também foi lançado um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para promover a formação ou consolidação de dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) em Ciências do Mar, com foco na Plataforma Continental Brasileira de Norte a Sul, no valor de R$ 30 milhões.
Para a doutora em oceanografia biológica, as Ciências do Mar no Brasil passa por uma fase de grande desenvolvimento e ganhou mais visibilidade ao se tornar tema da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Natal (RN), em julho, quando o então ministro Sergio Rezende anunciou a criação dos institutos.
“Os INCTs congregam a comunidade e o recurso é ainda maior. Isso fará com que a comunidade científica e as universidades, que tratam dos vários ramos das Ciências do Mar [como a geologia, a geofísica, a meteorologia e a oceanografia química e física], conversem entre si, apresentem programas e formem redes.”, sustenta Maria Cordélia.
Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia
06/01/2011 12:11
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