Negociações adiam para esta quinta última votação da reforma da Previdência



A última votação da reforma da Previdência, prevista para esta quarta-feira (10), foi adiada para esta quinta-feira (11), a partir das 14h30. A decisão foi tomada pelos líderes partidários, envolvidos nas negociações da reforma tributária, que na tarde de quarta ainda não tinha um texto final e deverá passar até o fim do ano por duas votações de Plenário.

O adiamento foi decidido por volta das 17h, quando se encontravam em Plenário 77 dos 81 senadores - quatro a menos que na tarde do dia 26 de novembro, quando a reforma foi aprovada em primeiro turno. O PFL ponderou ainda que, regimentalmente, não poderia haver a votação no mesmo dia em que a CCJ examinou as emendas de Plenário - o que só ocorrera às 15h30. O líder do PFL, senador José Agripino (RN), lembrou que o Regimento Interno do Senado exige um prazo de 24 horas entre as votações de comissão e de Plenário, período em que a decisão é publicada para conhecimento de todos os senadores.

O parecer do relator Tião Viana (PT-AC) sobre as emendas de Plenário, em segundo turno, foi lido em reunião extraordinária da CCJ às 23h30 de terça-feira (9). Na tarde desta quarta (10), a comissão aprovou o parecer, que aceitou quatro das nove emendas - todas com pequenas alterações de redação, sem modificar o conteúdo.

O relator Tião Viana disse que o adiamento da última votação de Plenário da reforma da Previdência não foi provocado por reivindicações de última hora do PFL na reforma tributária.

- Eles sabem que a corda já foi esticada ao máximo e não é possível fazer outras concessões na reforma da Previdência - disse Tião Viana, também líder do PT no Senado.



10/12/2003

Agência Senado


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