NEY SUASSUNA APLAUDE CONTROLE MAIS RÍGIDO DO DINHEIRO PÚBLICO



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) afirmou que o Brasil vai mudar, em função das regras mais rígidas de controle do dinheiro público que o presidente Fernando Henrique Cardoso adotou, tais como o Código de Ética para o servidor público, a decisão de não liberar verbas públicas para obras que apresentam irregularidades, e a Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada no primeiro semestre pelo Congresso Nacional.
Segundo Suassuna, para que a mudança seja completa é preciso que os demais setores da administração pública, a estrutura judiciária e, principalmente, a polícia, se agilizem para garantir que as investigações tenham seqüência na apuração e punição dos responsáveis por desvios e malversação de verbas públicas. "A opinião pública quer ver os culpados na cadeia, numa punição a galope", garantiu.
O senador admitiu que a interrupção de obras é, por vezes, um procedimento mais caro do que sua continuação, apesar das irregularidades. Ele observou, porém, que o exemplo das obras do TRT de São Paulo deixou claro não ser possível admitir a manutenção do fluxo de verbas sem uma apuração cabal dos indícios, desde o primeiro instante em que surgem. "Muito dinheiro teria sido economizado se essa medida tivesse sido adotada", afirmou.
DEFESA
Ney Suassuna defendeu o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares. O ministro, disse Suassuna, "é um homem honrado que dará todas as explicações necessárias sobre seu papel na liberação de verbas suplementares para o TRT, em seu depoimento na subcomissão do Judiciário". Ele considerou positiva a presença do ministro na subcomissão, para que os senadores tenham a oportunidade de questioná-lo e para que a lisura de seu comportamento fique clara diante da opinião pública e da imprensa".

29/08/2000

Agência Senado


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