Nossa Caixa patrocina centro de inclusão digital a portadores de necessidades especiais



Prédio será construído no campus da Unesp de Presidente Prudente

O Banco Nossa Caixa investirá R$ 197,7 mil na construção de um centro destinado à formação tecnológica de portadores de necessidades especiais, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. O "Centro de Promoção da Inclusão Digital, Educacional e Social" (CPIDES) será construído no campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

A obra terá início este mês e deverá ser concluída em fevereiro de 2009. O custo total do empreendimento é estimado em R$ 350 mil. A Unesp buscará complementar o valor doado pelo banco para custear a obra.

"A criação do centro contribuirá de forma significativa para o desenvolvimento de pesquisas que visam melhorar a qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais", afirma o professor Klaus Schlunzen, coordenador do Núcleo de Pesquisas de Educação Corporativa da Unesp. "O apoio da Nossa Caixa ao projeto demonstra a responsabilidade social do banco e seu compromisso com a sociedade".

O CPIDES será a sede do projeto "Ambientes Potencializadores para Inclusão" (API), desenvolvido há seis anos por pesquisadores da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Unesp. O programa oferece atendimento psicológico, pedagógico, cursos de informática e reforço escolar aos portadores de necessidades especiais. 

Atualmente, o trabalho é realizado em um laboratório de informática compartilhado com estudantes de graduação dos cursos de matemática, geografia, química e educação física da universidade.

Com a construção da sede, o API ampliará de 60 para 200 sua capacidade de atendimento semanal. Os pesquisadores esperam ainda ampliar o número de serviços prestados, principalmente aqueles que se referem ao desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos destinados aos portadores de necessidades especiais.

Treinamentos

O objetivo do programa é melhorar a qualidade de vida de portadores de necessidades especiais a partir da transmissão de conhecimentos de informática capazes de ajudá-los a freqüentar escolas e/ou trabalhar. Para isso, um grupo formado por aproximadamente 20 pesquisadores da Unesp, entre professores e estudantes, oferece atendimento individualizado, em sessões semanais de duas horas, às pessoas que procuram a ajuda do projeto.

Na primeira sessão, os pesquisadores entrevistam os participantes para identificar seus interesses e se há necessidade de desenvolver softwares ou ferramentas que os auxiliem no uso do computador. Esse procedimento é necessário principalmente para os participantes que têm limitações físicas ou motoras provocadas por acidentes, doenças ou fatores congênitos.

Podem ser utilizados equipamentos desenvolvidos pela própria Unesp e por outras universidades, além daqueles comercializados no mercado. A maioria das adaptações destina-se ao uso de teclados e mouses de computadores. Uma das ferramentas desenvolvidas pelos pesquisadores da Unesp é a "ponteira", uma espécie de luva que proporciona mais estabilidade no ato da digitação. Outra é a "colméia para teclado", divisor que ajuda na digitação de uma única tecla de cada vez, indicada para aqueles que têm dificuldades para controlar o movimento das mãos ou braços.

Entre os softwares, o mais usado no projeto é o "sintetizador de voz", já disponível no mercado. Essa ferramenta "lê" a tela do computador e emite explicações sonoras ao usuário conforme a movimentação e posicionamento do mouse. O mecanismo permite que um deficiente visual consiga utilizar a internet para fazer cursos, participar de videoconferências ou simplesmente navegar em sites de interesse.

Exemplo de superação

Entre as mais de 250 pessoas atendidas pelo projeto desde sua criação, há seis anos, destaca-se o progresso conseguido por uma estudante de 22 anos. Portadora de paralisia cerebral e tetraplégica, ela é privada da fala e movimenta apenas o polegar da mão esquerda. Quando chegou ao projeto da Unesp, tinha 16 anos e ainda não era alfabetizada. Aprendeu a ler e a escrever sob ação dos pesquisadores da universidade e, só depois disso, passou a freqüentar a escola.

Para interagir com colegas e professores, utiliza um computador equipado com ferramentas adaptadas às suas necessidades, como o teclado com a colméia, que aprendeu a usar ao longo do período que freqüenta o projeto da Unesp. Apesar das limitações, a jovem concluiu o ensino fundamental em uma escola regular no ano passado.

Paralelamente à assistência aos portadores de necessidades especiais, os professores da Unesp ministram cursos de capacitação a professores da rede pública sobre como melhor trabalhar a inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais em sala de aula e ajudá-los em seu aprendizado.

Total acessibilidade

O novo centro terá 373,58 m² de área, adaptada às normas de acessibilidade indicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O imóvel contará com rampas que facilitam o acesso de cadeiras de rodas, portas mais largas do que as tradicionais, banheiros adaptados, informações em braile e pisos antiderrapantes e com marcações de solo que facilitam a identificação por deficientes visuais. O prédio terá uma sala de informática com 15 computadores, uma brinquedoteca, uma biblioteca, refeitório e salas para cursos teóricos e palestras.

Os interessados em serem atendidos no projeto podem enviar e-mail para o endereço: [email protected].

Da Nossa Caixa 



09/03/2008


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