Nova rede vai medir indicadores de investimentos em ciência e tecnologia em todo o País
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) instalou nesta terça-feira (29) a Rede de Indicadores Estaduais de Ciência e Tecnologia (C&T). O intuito é saber quanto o Poder Público e as empresas privadas estão investindo em pesquisa e desenvolvimento e outras atividades científicas e quais os resultados em termos de registro de patentes e produção de artigos científicos em todas as unidades da Federação.
Nesta terça e quarta-feiras, na sede do ministério, em Brasília, cerca de 40 representantes dos estados envolvidos na produção de indicadores estão sendo treinados para alimentar e usar a rede.
“Informação é sempre útil e transparência nunca é demais”, assinalou Fernanda De Negri, da Assessoria de Acompanhamento e Avaliação da Secretaria Executiva do MCTI. “Nós não temos como medir qual é o impacto ou o efeito da política de C&T se a gente não consegue medir lá na ponta o que está acontecendo na produção.”
As informações são de interesse de gestores públicos e pesquisadores, mas deverão ter atenção de outros setores da sociedade, prevê Fernanda. “As pessoas vão saber quanto o governo federal, o governo estadual e as empresas estão investindo na área”, explicou ao dizer que a informação estará disponível em dados nacionais ou por estado.
A falta dos indicadores estaduais faz com que os recursos gastos em C&T no Brasil estejam subestimados e os investimentos feitos pelas 14 secretarias estaduais de C&T e 13 fundações estaduais de amparo à pesquisa não estejam sendo corretamente contabilizados.
Segundo o MCTI, os estados investem cerca de R$ 3 bilhões anuais no setor, valor próximo do gasto do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), uma das principais fontes de recursos do ministério (que tem orçamento previsto de R$ 8,5 bilhões para 2012).
A rede de indicadores utilizará metodologia da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para permitir comparações com investimentos de outros países.
A expectativa do ministério é que no final de 2012 comecem a ser publicados os primeiros índices sobre dispêndios e recursos humanos dedicados à C&T e o registro de patentes e produção bibliográfica.
Fonte:
Agência Brasil
29/11/2011 20:23
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