Nova regra para bônus deve atingir 75% das famílias
Nova regra para bônus deve atingir 75% das famílias
O presidente Fernando Henrique anunciou ontem que os consumidores com gastos de energia elétrica entre 101kwh e 225kwh vão receber bônus se economizarem mais de 20%.
No pronunciamento feito em cadeia nacional de rádio e televisão, ele garantiu que as concessionárias pagarão R$ 1 para cada R$ 1 economizado a mais na conta de luz - segundo técnicos a medida começará a vigorar este mês.
O Presidente informou que a nova regra deve beneficiar 75% das famílias das regiões sob racionamento. Até agora, só tinha direito ao bônus quem gastasse até 100kwh por mês e a decisão de ampliar a faixa de consumo tem como objetivo estimular a economia de luz, que ficou abaixo da meta este mês.
FH ressaltou que, apesar de setembro ser um dos meses mais secos do ano, as metas do racionamento podem ser aliviadas ou acabar. "Se houver chuva suficiente, os reservatórios de água serão recuperados e poderemos aliviar ou mesmo eliminar o racionamento nos próximos meses." (pág. 1 e 27)
* Os jovens de 18 a 25 anos já são cerca de 60% dos presidiários do País, segundo dados do Ministério da Justiça. "A média dos crimes cometidos por pessoas de até 25 anos só tem aumentado", diz a secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind. O seqüestrador Fernando Dutra Pinto, que quinta-feira fez Silvio Santos refém por sete horas, tem 22 anos. (pág. 1 e 3)
* Cerca de oito milhões de aposentados vão receber em suas contas na Caixa a correção do FGTS referente aos planos Collor I e Verão, que começa a ser paga a partir de 1º de junho de 2002. E 32 milhões de trabalhadores poderão retirar o dinheiro em caixas eletrônicos. (pág. 1 e 27)
* A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) vai reduzir a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto da América Latina em 2001. É uma conseqüência da retração econômica no mundo, que terá efeitos mais graves no Brasil, na Argentina e no México. A projeção, de 3% no início do ano, deve cair para 1,5% nesta segunda revisão. (pág. 2 e 31)
* A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que cresceu nas pesquisas eleitorais sobre a sucessão do presidente Fernando Henrique, diz que nenhum partido da base governista deve ter o privilégio de escolher o candidato da aliança. Ela defende a realização de prévias, avisa que não aceita ser vice e que seu plano é se eleger senadora. (pág. 2 e 10)
* (Durban, África do Sul) - Uma "tocha da tolerância" foi acesa em Durban, como uma propaganda da conferência sobre racismo. Mas para muitas pessoas na África do Sul pós-apartheid, o evento é uma chama fraca. Sete anos depois do fim formal do apartheid, o legado do racismo dos bancos se infiltra em cada aspecto da vida no país.
O presidente Thabo Mbeki gosta de evocar o conceito de "duas nações", de brancos ricos e negros pobres. Mas a maioria dos sul-africanos parece impaciente com a política racial. Uma recente pesquisa mostrou que o racismo está em nono lugar na lista das questões mais importantes que o país enfrenta, atrás de prioridades como emprego, ordem, água limpa e moradia. (...) (pág. 4)
* (Durban, África do Sul) - Líderes africanos exigiram ontem na Conferência da ONU sobre o Racismo, na África do Sul, que os países ocidentais se desculpem pela escravidão de negros entre os séculos XV e XIX. A exigência foi feita pelos presidentes da Nigéria e de Togo e recebeu apoio do líder cubano, Fidel Castro, que exigiu dos Estados Unidos o pagamento de indenização aos negros do país por seu passado escravocrata.
Em discurso na conferência, o presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, disse que um pedido de desculpas reconheceria a atrocidade que representou a escravidão e constituiria uma promessa de que ela nunca mais voltaria a ocorrer.
"Temos de demonstrar vontade política e assumir a responsabilidade pelos erros históricos cometidos em relação às vítimas da escravidão. Um pedido de desculpas deveria ser feito pelos países que praticaram ativamente e se beneficiaram da escravidão", disse Obasanjo. (pág. 5)
* O PMDB já desistiu de tentar qualquer alternativa política para o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB). Investigado por denúncias de corrupção e ameaçado de responder a processo por quebra de decoro. Os senadores estão cada vez mais convencidos de que Jader mentiu ao se defender em depoimento semana passada na comissão do Conselho de Ética que investiga. Os líderes do PMDB estão mudos e já deram mostras de que desistiram de tentar negociar sua renúncia ao mandato ou à presidência do Senado. (...) (pág. 11)
* Pesquisa do governo do Rio revela que as áreas com as maiores taxas de violência são as que têm o menor número de policiais militares por habitantes. Com os maiores índices de homicídio, Santa Cruz e Bangu registram em média 1,3 e 1,4 policial por mil habitantes. Já no Leblon, onde o índice de criminalidade é menor, há 3,8 PMs por mil habitantes. (pág. 1 e 14)
* Uma decisão da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode abrir precedente para que associados de fundos de pensão contestem o índice utilizado para correção das suas contribuições quando eles se desligam das fundações. Por enquanto, é um caso isolado, mas se outros integrantes de fundos ganharem mais ações na Justiça, pode ser criada jurisprudência.
Um ex-associado da Regius - fundo de previdência dos funcionários do Banco BRB - conseguiu esta semana parecer favorável à ação impetrada no ano passado, cobrando a diferença da correção monetária do saldo das contribuições restituídas quando no seu desligamento. (...) (pág. 28)
* No fim de seu segundo mandato, o presidente Fernando Henrique Cardoso, pão-duro confesso, terá gastado R$ 7 mil em flores. É ele que paga as flores e as folhagens que compõem as ikebanas, arranjos japoneses, do gabinete no Palácio do Planalto.
Não que Fernando Henrique vá à floricultura, mas mensalmente reembolsa a professora de ikebana Moema Delmondez de Castro, encarregada de preparar os arranjos de antúrios que enfeitam, dão mais leveza e trazem bons fluídos para o gabinete do Presidente.
Desde que tomou posse, em 1995, todas as segundas-feiras
ele encontra pelo menos três ikebanas no ambiente de trabalho. Numa certa segunda-feira de 1999, sentiu falta dos arranjos.
A verba havia sido cortada em mais um regime de contenção de gastos do Governo. O Presidente bateu pé e resolveu arcar com as despesas para continuar tendo os arranjos no gabinete. (...) (pág. 12)
Editorial
"Boas contas"
Se há uma área em que o Brasil vem avançando institucionalmente é a da disciplina orçamentária. O longo período de inflação crônica e mais a tentativa posterior de conciliar estabilidade monetária e ajuste gradual nas finanças públicas custaram muito caro ao País - o bastante para que a disciplina orçamentária começasse a receber a atenção e o respeito que merece. (...) ( pág. 6)
Colunistas
Panorama Político - Tereza Cruvinel
Rompe-se hoje, num jantar em Fortaleza o silêncio criado entre o presidente e o governador Tasso Jereissati, após ter este declarado que o candidato tucano à sucessão não sairá do bolso de FH. Tasso disse o que outros tucanos pensaram alto e pagou o pato. Mas FH sabe que uma cisão é o que de pior pode acontecer ao PSDB. Entre afagos, dirá que contra ele ninguém ganhará. (...) (pág. 2)
(Swann) - A Marinha vai aposentar o porta-aviões Minas Gerais.
A embarcação, de 1946, foi oferecida ao governo argentino, mas a crise naquele país naufragou as negociações.
Se não houver interessados o barco vai a leilão.
* O Instituto Nacional da Propriedade Industrial acaba de negar qualquer direito à Telebrás e a outros fabricantes sobre a patente do cartão telefônico.
Para o órgão, a Signal Card é a dona do produto até 2011.
Cifras milionárias estão nesse jogo, que pode parar na Justiça: estima-se que três milhões de cartões são vendidos por ano. (pág. 16)
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