Novo limite de velocidade reduz faturamento do Estado com pardais
O novo limite de velocidade aprovado pela Assembléia Legislativa para valer apenas nas estradas pedagiadas, não aumentará o número de acidentes e reduzirá o faturamento da indústria de multas do Governo do Estado com os pardais. A afirmação é do deputado Jair Foscarini (PMDB), autor do projeto, que disse estar surpreso com a reação negativa do secretário dos Transportes, Beto Albuquerque, “quando o próprio secretário pretendia alterar o limite da velocidade nas estradas estaduais e, agora, mudou de idéia, porque a autoria do projeto não foi sua ”.
"Quando o limite de velocidade da free-way aumentou para 100 quilômetros por hora, não aumentaram os acidentes. Portanto, temos um parâmetro federal de aumento seguro deste limite dentro do Estado. Logicamente, o projeto aprovado que se aplica só às estradas estaduais pedagiadas, obriga as concessionárias a manter uma pista em excelentes condições, sem buracos e com perfeita sinalização. Esta exigência pode desgostar aos que devem investir nas estradas. O novo limite também desgosta ao Governo do Estado, porque bate na sua rendosa indústria das multas que massacram os motoristas que andam a 90 quilômetros, e indiscriminadamente são punidos pelas armadilhas dos pardais", disse Jair Foscarini, que se encontra no Canadá, acompanhando delegação da Feevale para estudos empresariais.
A alegação de que só o Poder Executivo federal pode fixar limites de velocidades, motivo pelo qual o Governo do Estado estaria baseando o seu o veto ao projeto aprovado por 31 votos contra 8 pela Assembléia, não procede, na opinião de Foscarini, “ uma vez que o limite já foi estabelecido com a nova velocidade adotada na free-way no Rio Grande do Sul e em outros Estados que o estenderam para suas estradas estaduais, como Paraná, Santa Catarina e São Paulo”.
05/31/2001
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