Novo salário mínimo recebe duras críticas dos senadores
O novo valor do salário mínimo, de R$ 260, que começa a vigorar a partir de 1º de maio, recebeu duras críticas dos senadores, durante a sessão plenária desta quinta-feira (29). O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) considerou deplorável o aumento real de apenas 1,73%. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "que prometeu dobrar o valor do mínimo", deve desculpas à nação. O senador Mão Santa (PMDB-PI) afirmou que o Senado pode mudar a decisão do governo, rejeitando a medida provisória que fixará o valor do mínimo.
As críticas também vieram da base governista. O senador Paulo Paim (PT-RS) foi enfático ao dizer que há recursos para pagar um valor de pelo menos US$ 100 (cerca de R$ 300) e chegou a dizer que viver com o salário mínimo "é uma espécie de escravidão". Ele apresentou números garantindo a capacidade de a Previdência Social fazer frente ao valor maior. O senador Geraldo Mesquita (PSB-AC) se disse indignado com o valor anunciado nesta quinta-feira. Ele disse que cabe ao presidente Lula fixar limites aos ganhos do sistema financeiro e possibilitar um piso salarial melhor.
29/04/2004
Agência Senado
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