O PAC não é trivial, não é a repetição de nada, diz Dilma Rousseff
Ao rebater críticas de senadores da oposição sobre o pequeno nível de investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em relação ao total do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontou várias características do projeto que, em sua avaliação, o tornam inédito, como proposta de desenvolvimento da rede de infra-estrutura brasileira.
Segundo Dilma, o PAC, nas áreas de saneamento e habitação, representou uma ruptura com o sistema adotado pelo governo anterior na implementação de projetos, no qual um estado ou município apto a obter financiamento junto a Caixa Econômica Federal não conseguia acessar os recursos se o primeiro da fila tivesse qualquer restrição.
Uma prova da efetividade do modelo de gestão adotado pelo PAC, de acordo com a ministra, seria o grande interesse demonstrado por empresários do setor portuário em incluir seus projetos de construção de portos no programa, devido ao tratamento diferenciado dado pelo governo, por exemplo, a questões de licenciamento ambiental relacionadas às obras.
- O PAC não é trivial de jeito nenhum. Nós não temos gerentes contratados por consultoria. Os gerentes são funcionários do próprio governo. O Palácio do Planalto e a Casa Civil, diretamente com a determinação do presidente, junto com dois ministros importantíssimos - Paulo Bernardo, do Planejamento e Guido Mantega, da Fazenda - éque fazem o gerenciamento do PAC - disse.
Dilma manifestou ainda sua opinião de que várias providências adotadas dentro do PAC têm garantido a solução para importantes gargalos ao crescimento econômico do pais. Em sua avaliação, grande quantidade de obras concentradas pelo governo federal na Região Nordeste, como a Ferrovia Transnordestina, a Transposição do Rio São Francisco e o Gasoduto do Nordeste (Gasene) deverá alterar significativamente o balanço da infra-estrutura da região.
07/05/2008
Agência Senado
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