O PMDB lava a alma: leva 4 mil para comício
O PMDB lava a alma: leva 4 mil para comício
O encontro, que seria no interior da Assembléia, teve que ser transferido para a Praça da Matriz
Para os peemedebistas, foi uma prova de que o partido continua forte. O encontro também serviu para apoiar o nome de Simon para o governo do Estado e reforçar a aproximação com o PDT.
Era uma convenção do PMDB que quatro mil militantes transformaram em um grande comício , ontem, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. O evento mostrou que o PMDB continua fortalecido. "Hoje é o dia do Fico. Agora, temos no estado o partido que sempre sonhei: sem dono.
Há tempos que me esforço para isso", enfatizou o senador Pedro Simon, que salientou a proximidade com o PDT 'A minha divergência com o ex-govemador Leonel Brizola não é maior que o amor que temos pelo Rio Grande."
A convenção pegou de surpresa os próprios peemedebistas. Inicialmente marcada para o Auditório Dante Barone, teve que ser transferida para a praça porque cerca de quatro mil pessoas compareceram ao encontro.
Ministro Padilha demite assessor.
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, afastou o chefe da consultoria jurídica do Ministério, Arnoldo Braga Filho, acusado de remessa ilegal de dinheiro para os Estados Unidos.
A revista IstoÉ publicou que o Ministério Público Federal começou a investigar, na semana passada, remessas ilegais de dólares feitas para três contas em bancos nos Estados Unidos, que pertencem a Braga Filho. As contas, abertas em conjunto com a mulher do assessor, Elizabeth Alves da Silva Braga, funcionária do Ministério do Planejamento, são no Audi Bank, em Nova York, e no Ocean Bank, em Miami.
Para operar com os bancos estrangeiros, Braga usou os serviços do doleiro Charbel George Nicolas, dono da agência de viagem All Travel.
Arrogância afastou Britto, diz Schirmer.
O deputado federal Cézar Schirmer aproveitou a convenção do PMDB para criticar o ex-governador Antônio Britto. "Será que o conservador Britto virou neomarxista ou neocomunista? ", indagou, fazendo alusão ao seu ingresso no PPS.
"É mentira quando Britto diz que foi enxotado do PMDB. Ele saiu por ser personalista, arrogante, atrevido e mal-humorado. Britto, xingava vereadores e prefeitos, companheiros do PMDB. Quem não sabe conviver com a democracia não tem espaço no partido."
Schirmer lembrou que os egressos deveriam ter ética e devolverem os mandatos conquistados no PMDB.
Justiça indicia Jader pelas fraudes na Sudam
Para a Polícia Federal já existem indícios suficientes para que o ex-senador seja arrolado no inquérito e seu sigilo quebrado
Apesar de ter renunciado ao mandato, o ex-senador Jader Barbalho continuará esta semana, como alvo do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. O ex-senador deverá ser indiciado no inquérito que apura fraudes na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
O mesmo acontecerá com seu suplente, Fernando de Castro Ribeiro, que pode assumir o cargo até sexta-feira. Ribeiro é acusado de ter sido beneficiado com cheques administrativos do Banco do Estado do Para (Banpará), quando era secretário particular de Jader.
Para a Polícia Federal já existem indícios suficientes para que o ex-senador seja arrolado no inquérito da Sudam. Por isso, o delegado que preside o caso, Hélbio Dias Leite, já enviou dezenas de documentos do STF para justificar um pedido de quebra de sigilo de Jader, entre 1998 e 2001. A suspeita é que ele tenha recebido dinheiro de empresários financiados pela Sudam utilizando as contas
Medeiros tem conta milionária em NY
Fundador da Força Sindical ganhou US$ 4 milhões de empresários para combater a poderosa CUT
O Supremo Tribunal Federal (STF) O quebrou o sigilo bancário do Instituto Brasileiro de Estudos Sindicais (Ibes), entidade criada em 1990, pelo deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP) e outros dois sindicalistas.
A decisão é,&uto de uma investigação iniciada há seis anos, quando o jomalista e ex-assessor de Medeiros, Wagner Cinchetto, denunciou que o Ibes era dono de uma milionária conta secreta, abastecida por empresários interessados na criação da Força Sindical, que deveria contrapor-se à CUT As investigações já confirmaram que empresas brasileiras e multinacionais fizeram doações ao Ibes.
A quebra do sigilo bancário decretada agora pretende descobrir o destino do dinheiro. A suspeita é que parte dos recursos foram desviados para a conta no Commercial Bank, em Nova York.
A remessa do dinheiro, se confirmada, caracterizará crime de evasão de divisas. A pena é de até seis anos de cadeia. O STF já autorizou um pedido de informações aos Estados Unidos.
O ex-assessor Wagner Cinchetto, autor da denúncia que deu origem ao processo judicial, diz que a conta do Ibes recebeu cerca de 4 milhões de dólares dos empresários. Cinchetto diz que que Medeiros fazia retiradas mensais de US$ 5 mil para despesas pessoais.
Editorial
Reação ou armadilha?
Ao anunciar o inicio da guerra, ontem, em cadeia de rádio e televisão, o presidente George W Bush fez questão de enfatizar que o inimigo não é o Islã: "Os Estados Unidos são amigos dos quase um bilhão de muçulmanos em todo o mundo. A guerra é contra aqueles bárbaros que profanam esta grande religião".
A complexidade do conflito parece, porém, ir bem além de ataques direcionados a focos terroristas. O analista norte-americano Keneth Maxwell acredita que o terror, na verdade, atraiu os Estados Unidos para uma armadilha, a fim de unir o mundo islâmico.
Para Maxwell, o que os terroristas realmente quiseram, com o ataque ao território americano, foi provocar uma intervenção, não como disse o presidente Bush logo após os atentados, "na hora e no lugar que os Estados Unidos escolherem para retaliar", mas onde Bin Laden já se instalou, "como um alvo tentador".
O analista diz que Bin Laden não teme a morte. "Ele a atrai, se puder, pela própria morte, provocar uma reação do Ocidente, que unificará o mundo islânúco contra os ocidentais. Ele pretende, com isso, lançar o maior número de oposicionistas nas ruas de governos seculares, em países de maioria muçulmana, como Egito, Paquistão, Indonésia e Jordânia, de maneira a derubá-los e substituí-los por regimes fundamentalistas islâmicos contrários ao Ocidente".
Segundo Keneth, os Estados Unidos têm informações paupérrimas sobre o milionário saudita e sua rede terrorista, não apenas no Afeganistão. Em compensação, os terroristas têm excelentes informações e compreensão sobre os Estados Unidos, sua força e vulnerabilidades.
Por isso soam ainda mais ameaçadoras as declarações de Osama bin Laden, ontem, logo após o início da guerra: "Os Estados Unidos nunca mais conhecerão a segurança".
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