'O PMDB não é mais corrupto que o PT ou PSDB', diz Pedro Simon



Ao comentar entrevista concedida pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja desta semana, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou, em discurso nesta segunda-feira (16), que "o PMDB não é mais corrupto que o PT ou o PSDB". Na entrevista, Jarbas Vasconcelos diz que a maioria de seus colegas de partido se especializou "nessas coisas pelas quais os governos são denunciados" e que "boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção".

- Até porque o PMDB nunca chegou ao governo. Têm escândalo maior no país que a privatização da Vale [do Rio Doce]? Que a compra de votos para a reeleição? E quanto ao PT? Não há ninguém mais parecido com o PSDB no governo que o PT. A situação como um todo é de anormalidade, em seu contexto geral - rebateu Pedro Simon.

No entanto, Pedro Simon disse acreditar que Jarbas Vasconcelos ofereceu ao partido uma oportunidade para reflexão a respeito de seus rumos. Em sua avaliação, o PMDB deveria lutar pela candidatura própria à Presidência da República, "em vez de só nomear ministros aqui e acolá". Ele lembrou que a legenda fez o maior número de vereadores e de prefeitos nas últimas eleições.

- Esse partido é a noiva. Está aí a se oferecer a quem dá mais. Isso é que eu acho feio. Está certo que temos as Presidências da Câmara e do Senado, mas parar por aí, não. E o comando partidário não tem a virilidade necessária para fazer essa exigência - disse.

Pedro Simon também lembrou os primórdios do processo de abertura democrática no país, quando o então Movimento Democrático Brasileiro (MDB) surgiu em oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido do regime militar. Ele lembrou a participação das lideranças históricas da legenda em episódios como o movimento pelas eleições diretas para presidente da República e disse que, "num país sem história partidária, a história do MDB é a melhor de todas".

- É uma história de direitos humanos, de justiça social. O MDB não é só essa gente que está no comando. Quando me perguntam por que ainda estou no partido, respondo: estou no partido que eu criei. Muitos estão no comando do partido, mas não têm a nossa biografia - disse.

Apesar de registrar que discorda de Jarbas Vasconcelos quanto ao estilo adotado na entrevista, Simon disse concordar com o colega no que se refere ao desencanto com a política, em todas as suas esferas. Para ele, o que precisa acontecer é "o povo na rua". 



16/02/2009

Agência Senado


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