O vale-tudo de Jader contra o Conselho de Ética



O vale-tudo de Jader contra o Conselho de Ética Senador apela ao Supremo Tribunal Federal para suspender a votação da abertura do processo que indica cassação Os senadores já esperavam novas manobras de Jader e tentaram, de todas as maneiras, garantir a continuidade do processo, adiantando o parecer de Osmar Dias. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) entrou ontem no Supremo Tribunal Federal com mandado de segurança pedindo a suspensão da votação da abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra ele no Conselho de Ética do Senado. Os senadores já esperavam novas manobras de Jader e tentaram de todas as maneiras, garantir a continuidade do processo. O senador Osmar Dias (PDT-PR), protocolou rapidamente, na Comissão de Constituição e Justiça seu parecer negando a Jader Barbalho (PMDB-PA) direito a ampla defesa na fase de investigações de denúncias contra ele (Jader), pelo Conselho de Ética do Senado. Debandada do PMDB confirmada para hoje Hoje às 10h30, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, os oito dissidentes peemedebistas assinam ficha no PPS Chega ao fim hoje, às 10h30, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, uma das mais ruidosas trocas de partido político do Rio Grande do Sul. Estarão assinando ficha no PPS nada menos que oito ex-peemedebistas de grande peso eleitoral. Integram o bloco dissidente o ex-govemador Antônio Britto, que alcançou, no segundo turno da eleição para o governo do estado em 1998, 2,7 milhões de votos, com um percentual de 47,97%, o deputado federal Nelson Proença, o segundo mais votado no RS, e mais cinco deputados estaduais, que representam a metade da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, Cézar Busatto, Paulo Odone, Berfran Rosado, Mário Bernd e Iara Wortmann, além da vereadora Clênia Maranhão da Câmara Municipal de Porto Alegre. Resultado de insatisfação crescente com os rumos do partido em âmbito nacional, a retirada em bloco dos gaúchos do PMDB levantou protestos indignados entre os históricos da sigla, com declarações fortes que agravaram a crise e provocaram uma ruptura insuperável. Mágoa e esperança nas palavras dos deputados. O deputado federal Nelson Proença afirmou que encara a nova caminhada, agora no PPS, com muita esperança. Revelou que passou por um momento muito duro e que nunca tinha feito política fora do PMDB. "Passado este purgatório me sinto fortalecido e não quero mais olhar para trás". Proença disse que com isso consegue se livrar das coisas que não gosta no PMDB. "São elas o Jader Barbalho, Orestes Quércia, Ramez Tebet e Geddel Vieira", explica. Sobre Simon, destacou que entrou no PMDB pelas mãos do senador, mas que ele está num momento muito ruim. "Foi uma seqüência de momentos ruins, como o apoio dado ao Jader Barbalho para a presidência do Senado. E ontem foi um dos piores deles ao ofender a todos nós", afirma. Outro dissidente, o deputado Mário Bernd, disse que encara com muita alegria e expectativa a entrada no PPS. "E a possibilidade de fazer política com ética, transparência e compromisso social", definiu. Para o deputado, as declarações de Simon mostram que ele não está bem assessorado. "Ele fez sua opção de apoiar Jader Barbalho e Eliseu Padilha". O deputado Cézar Busatto ainda estava reticente no dia de ontem. Realizou à noite uma reunião com as suas bases e, mesmo afirmando que é muito difícil ficar no PMDB, disse: "Amanhã decido". A respeito de Simon comentou: "Ele incorporou um espírito fundamentalista e autoritário e acabou com a possibilidade de uma reconciliação". Troca-troca do partido divide a Assembléia. O anúncio da troca de legenda por cinco deputados estaduais do PMDB para o PPS, gerou as mais diversas opiniões entres as lideranças políticas na Assembléia Legislativa do Estado. O líder do PPB, Vilson Covatti, disse que foi descerrado um novo cenário político no Rio Grande do Sul e avaliou: "Não podemos subestimar a força do ex-governador Antônio Britto, mas a mudança fortalece a candidatura de Celso Bernardi ao governo estadual pelo PPB". Para Alexandre Postal (PMDB) a visão é outra: '0 que está saindo é apenas um número. Ainda não achamos qual a desculpa para essa saída. Eles deviam é devolver os cargos da bancada que são do PMDB", cobrou ele. O deputado Germano Bonow, líder do PFL, não acredita em mudanças nos trabalhos legislativos. "É cedo para avaliar. Pode ser que a oposição vá rachada para o segundo turno por causa disso", advertiu. O líder do PT, Elvino Bohn Gass, ressaltou que nada muda. Considera tudo uma manobra para formar um bloco anti-PT. "Foi um gesto de quem está derrotado. Defenderam o governo federal e buscam uma saída", acusa o petista. Jussara Cony, líder do PC do B, acha uma ação para garantir perspectivas de reeleição e de dizer que não há ligações com FHC. "Uma busca de sobrevivência política que dificilmente acontecerá", garantiu. João Luiz Vargas (PDT) não consegue ver nenhuma alteração a curto prazo e prevê: "Em 60 dias é que vamos ver o que aconteceu". Fim da novela Fortunati. Assina amanhã no PDT Vereador defendeu a fidelidade partidária e lembrou que nem Tarso foi sempre do PT: “Ele entrou em 1985, vindo do PMDB”. A manhã, com a presença do ex-governador Leonel Brizola, o vereador José Fortunati assina sua filiação no PDT. O anúncio foi feito ontem à tarde, em coletiva à imprensa com a presença da bancada pedetista na Câmara Municipal de Porto Alegre e do vice-presidente estadual do partido, Pedro Ruas. Desde 10 de setembro. quando saiu do PT, que Fortunati vinha conversando com lideranças de diversos partidos. "Sempre defendi a fidelidade partidária. Saí do PT porque o partido mudou, mas continuo sendo o José Fortunati de sempre. Tarso Genro também não foi sempre do PT, ele entrou na sigla em 1985, oriundo do PMDB", afirmou. O vereador disse que para decidir pesou sua trajetória de militante histórico de esquerda, de sindicalista, de parlamentar e de cidadão. "Me somo a um projeto que propõe a idéia de diálogo com toda a sociedade e que busca transformações necessárias para melhor distribuição de renda, geração de emprego e combate à exclusão social”, afirmou. No Ibope dá empate para o segundo lugar. A pesquisa CNI-Ibope fez cinco simulações com possíveis candidatos à Presidência da República em 2002. Na primeira simulação, Lula está em primeiro lugar, com 30% dos votos, dois pontos percentuais acima do apontado pela pesquisa anterior. Ciro e Roseana ficariam empatados, em segundo lugar, com 12%, e também tecnicamente empatados com Itamar e Garotinho com 10%. O ministro José Serra teria 6%. Os votos brancos e nulos caíram de 1 1 % para 9%. As outras simulações também indicam boa colocação da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, entre 14% e 16%. A oscilação de Ciro fica entre 12% e 18%. A pesquisa mostra que Roseana em todas as simulações, tem sempre o dobro das intenções de voto de José Serra, um dos candidatos de FHC. Lula lidera e Roseana sobe. O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teve um desempenho positivo em todas as simulações de voto estimulado para a eleição do próximo ano o, segundo a pesquisa divulgada ontem pela CNT/Sensus. Na simulação mais antiga que vem sendo pesquisada desde julho, Lula aparece em primeiro lugar com 32,7% das intenções de voto, seguido por Ciro Gomes (PPS-CE), com 14,1%; Itamar Franco (PMDB-MG), com 12,9%; Anthony Garotinho (PSB-RJ), com 9,9%; José Serra (PSDB-SP), com 5,6%; e Enéas Carneiro (Prona-SP), com 4,9%. O percentual de eleitores indecisos e que votariam brancos ou nulos chega a 20% nessa situação. Na simulação que inclui Roseana Sarney, Lula permanece em primeiro na pesquisa com 31,3% , seguido por Roseana, com 14,4%; Ciro Gomes com 12%; Itamar Franco, com 10,6%; Anthony Garotinho, com 9%; Enéas Carneiro, com 4,3%; José Serra, com 4,2%.,Indecisos, brancos e nulos somam 14,6%. Editorial Escalada de ações e reações. O jornalista Robert Wright escreveu, na revista virtual Slate, que a retaliação norte-americana não seria a forma adequada para responder aos ataques terroristas, não por razões morais, mas pelos maus resultados que poderia causar. Entre esses, cita a radicalização dos islâmicos e a produção de uma escalada interminável de ações e reações. "Nós temos que tentar pará-los, e isto talvez possa mesmo requerer ação militar, mas anular completamente o inimigo não é plausível", diz o jornalista. Wright argumenta que é preciso responder, nos vários fronts, de tal forma que se mantenha o menor possível o ódio islâmico contra os Estados Unidos. "Parece absurdo falar em ir à guerra evitando ao máximo antagonizar o inimigo, mas esta é a estranha nova realidade que enfrentamos, e se a linguagem que usamos para descrevê-la parece inconcebível, então é hora de encontrar uma nova linguagem". Bem diferente é o posicionainento do Secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld: "Temos uma escolha - ou mudamos a maneira pela qual vivemos, o que é inaceitável, ou mudamos a maneira pela qual eles vivem, e é o que faremos". Voz afinada com a dele é a do ex-Secretário de Estado Henry Vissinger, que considera papel prioritário dos Estados Unidos o combate à rede global do terrorismo, para ele a maior ameaça ao Ocidente. Visões antagônicas apresentam suas justificativas e estratégias para aquela que o presidente americano Goerge W Bush definiu como a primeira guerra do século 21. A violência do terrorismo vindo do Oriente encontrou seu contraponto no belicismo dos EUA. Topo da página

09/26/2001


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