Olívio quer fazer os melhores oito meses de governo







Olívio quer fazer os melhores oito meses de governo
“Porto Alegre vai se sentir orgulhosa de ter o prefeito no governo do Estado. É uma vitória do partido", afirmou Tarso Genro, em coletiva, ao lado do governador Olívio Dutra

Depois da derrota do governador Olívio Dutra, na prévia do PT que escolheu o Prefeito Tarso Genro como candidato do partido para concorrer ao governo do Estado, alguns deputados projetaram o último ano de mandato do governador.

O deputado Henrique Fontana revela que "Olívio está com muita garra para concluir o mandato e que estes poderão ser os melhores oito meses do governo".

Para o deputado Marcos Rolim, com a derrota na prévia, "Olívio pode governar livremente, sem estar atrelado a campanhas eleitorais. Assim, a equipe de governo fica liberada de qualquer agenda eleitoral".


“Para Lula vencer, terei disposição de um anjo
O resultado parcial, com 62,2% dos votos apurados, mostra Lula com 84,3% das preferências válidas, contra 15,7% de Suplicy. O resultado final sai hoje

Ter disposição de um anjo para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a vencer a eleição à Presidência da República. Essa é a intenção do senador Eduardo Suplicy, que obteve expressiva votação na prévia do PT que escolheu Lula como o candidato do partido à presidência. "Obter 16%, 17% significa que há, um contingente muito importante no PT de pessoas que acreditam nas minhas idéias”, afirmou. Sobre a possibilidade da indicação do seu nome como vice do Lula, Suplicy foi enfático. “Não estou postulando ser vice. Nunca cogitei esta hipótese. Para o Lula, é importante que ele tenha o respaldo do PT. Serei como um anjo para ajudá-lo a se eleger”, afirmou.

O senador demonstrou contentamento com o seu desempenho nas prévias. “Obtive 25% dos votos em São Paulo, e 28% em Porto Alegre”, disse.

O deputado Henrique Fontana disse que a indicação de Suplicy como vice “é um erro político, pois seria uma composição paulista. Devemos buscar alianças”, afirmou. O deputado Paulo Paim concorda: “É um equívoco. Porque não teremos tempo maior de televisão”. Já o deputado Adão Pretto disse que “Suplicy seria um grande nome”.

O deputado Marcos Rolim acredita que seria legítima a indicação de Suplicy, mas que “o ideal seria que o vice fosse de outro partido”.


Prorrogação da CPMF: aprovação hoje na Câmara
Governo quer tanto aprovar o imposto que negocia novamente ministérios com o PFL e o adiamento da votação das mudanças na lei trabalhista para depois das eleições de outubro

Câmara vota hoje - e deve aprovar - a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 31 de dezembro de 2004. O imposto, que era para ser temporário, foi criado especialmente para aprimorar a saúde pública do país. Ele está em vigor desde 1996.

A arrecadação dos R$ 400 milhões semanais que rende a CPMF é tão importante para o governo que o faz negociar de novo ministérios com o PFL e o adiamento da votação do projeto que altera a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para depois das eleições de outubro.

Você já fez as contas de quanto já pagou de CPMF e quanto ainda paga? A advogada Adriana Rodrigues de Souza, sócia do escritório Advocare Ltda., fez os cálculos de quanto a empresa foi descontada só no ano passado: R$ 250,00. Em quatro anos são R$ 1 mil. Ela diz que, com esse dinheiro, poderia realizar melhorias no seu negócio. “Poderia adquirir livros jurídicos, que são caros, e participar de cursos.”


A outra guerra do PT: a escolha do vice de Tarso
O prefeito de Gravataí, Daniel Bordignon, um dos principais articuladores da vitória de Tarso, argumenta que "cabe ao o grupo do governador definir o candidato a vice”

Horas depois do encerramento da guerra das prévias para escolher o candidato do partido ao governo do Estado, o PT começa um novo embate para decidir quem será o vice-governador na chapa de Tarso Genro. Nesse impasse, aparece o vice-governador, Miguel Rossetto, e o ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, como os principais candidatos à vaga. O primeiro reúne mais adeptos no grupo de Olívio Dutra, que definirá a questão.

O vice-prefeito de Santa Maria, Paulo Pimenta, afirma que "não há preferências nem restrições a nenhum nome em sua corrente, o PT Amplo". Ele ressalta que "o Rossetto está em igualdade de condições com o Raul Pont, o Ivar Pavan e o Ary Vanazzi (Secretário Especial da Habitação) e eu, pessoalmente, simpatizo com o Raul".

O prefeito de Gravataí, Daniel Bordignon, um dos principais articuladores da vitória de Tarso nas prévias, argumenta que "cabe ao o grupo do governador definir o candidato a vice”. Falando como integrante da corrente Rumo Socialista, o prefeito garante que não há obstáculos a nenhuma indicação, mas arrisca um palpite: “Acho que os dois concorrentes mais fortes são o Miguel Rosseto e o Raul Pont”.


Sarney: “PF “prostitui” direitos de Roseana”
Ex-presidente usou pela segunda semana consecutiva sua coluna no jornal da família para criticar ação da PF na Lunus

O senador José Sarney escreveu em sua coluna dominical no jornal O Estado do Maranhão, que a ação da Polícia Federal realizada em março no escritório da Lunus “prostituiu” os direitos individuais de sua filha, a governadora Roseana Sarney, usando para isso uma “capa de formalidade”.

O senador disse que “violar os direitos individuais sob a capa da formalidade não é violá-los, é prostituí-los”


Garotinho volta atrás e nega
O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, negou ontem que tenha sido um emissário do PSDB, deputado Márcio Fortes (RJ), a pessoa que o procurou para entregar o dossiê contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

Garotinho, acompanhado pelo secretário de Justiça do Rio, João Luiz Pinaud, foi ouvido pelo corregedor-geral da Câmara, Barbosa Neto (PMDB/GO), durante cerca de uma hora no Palácio da Guanabara. O governador não quis revelar a identidade da pessoa que o procurou, mas disse que não era parlamentar. “A representação feita pelo PFL contra o deputado Márcio Fortes ficou muito enfraquecida”, disse Barbosa Neto.

O corregedor da Câmara também ouviu o presidente da Assembléia Legislativa do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que negou ter visto ou manuseado qualquer dossiê contra a candidata do PFL à Presidência da República. Também serão ouvidos o líder do PFL, Inocêncio Oliveira, e o acusado, o tucano Márcio Fortes.

A acusação pode levar à cassação do mandato.


Editorial

GLOBALIZAÇÃO E INCLUSÃO

Os críticos da globalização acusam essa "nova" forma mundial de relação econômica de promover a exclusão social. Para os seus opositores, ela se caracteriza pelo privilégio a interesses financeiros, pela entrega de empresas estatais à iniciativa privada e ao desinteresse pelo bem-estar social.

Integração e interdependência econômica, no entanto, não vêm, necessariamente, carregadas da conotação ideológica de empobrecimento de uns em favor do enriquecimento desmedido de outros. Tudo depende da maneira como são conduzidas. Se a liberalização econômica estiver atrelada a políticas de inclusão social que não fiquem apenas no discurso, ela pode diminuir desigualdades.

A integração econômica - e cultural - a que hoje se dá o nome de globalização se iniciou há cinco séculos, desde a descoberta da nova rota marítima para as índias e pelo Novo Mundo. Passou-se pela Revolução Francesa, pela Revolução Industrial e, depois, por novos períodos de expansão econômica, com a modernização das e stradas de ferro e o surgimento do navio a vapor.

Logo, o mundo integra-se - ou se globaliza - há muito tempo. E por mais que se traga à memória o fato de que esse lado da História guarda rancores, como a política absolutista das monarquias e a expropriação de terras indígenas, há de se reconhece também que, se entendida como um fenômeno potencialmente capaz de produzir riquezas, a integração econômica pode ser positiva. Ao aumenta a produção de bens e a competitividade entre eles para o consumidor mundial, absorve mão-de-obra, gera empregos.

Alguns países globalizados - e os chamados tigres asiáticos estão aí para mostrar isso - estão conseguindo reduzir a exclusão social, num processo que já começou há duas décadas. No caso brasileiro, o crescimento com inclusão social ainda está na dependência da implementação de ações verdadeiramente eficientes de distribuição de renda, de mais e melhores oportunidades de empregos. Enfim, da participação de um maior número de pessoas na engrenagem econômica.


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03/19/2002


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