Orçamento 2001: Bohn Gass critica números apresentados por Onix Lorenzoni



O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Elvino Bohn Gass, lamenta a falta de seriedade do relator do orçamento 2001, deputado Onix Lorenzoni (PFL). "Os números apresentados por ele não são verdadeiros. No afã de criticar o governo estadual, o relator se baseia em dados fictícios, só sustentados por sua própria imaginação", observou Bohn Gass, para quem um tema de tamanha complexidade requer, no mínimo, estudos criteriosos. "O governo anterior, parceiro do deputado Onix, estava acostumado a confundir a população, com um emaranhado de números sem o menor fundamento. Estimava receitas e nunca realizavam", observou Bohn Gass. Tal postura, no entendimento do líder do governo, deputado Ivar Pavan, demonstra a falta de seriedade com a coisa pública. "Como a proposta da nova matriz tributária foi rejeitada pelos oposicionistas, agora a Assembléia precisa dizer quais investimentos serão cortados. Os R$ 300 milhões previstos no projeto original farão falta aos cofres públicos, inclusive, para aumento salarial de quem ganha menos". A presidente em exercício da Comissão de Finanças e Planejamento, deputada Cecília Hypolito (PT) desmentiu as declarações do deputado Onix, de que o governo não estaria cumprindo preceitos constitucionais que determinam 35% para a educação, 10% para saúde, 1,5% para a Ciência e Tecnologia e 0,5% para a educação superior. Para tanto, basta conferir os números corretos no orçamento. "A credibilidade deste deputado esta totalmente abalada. E a sociedade sabe muito bem em quem acreditar", destacou Cecilia. "A proposta do governo era de um orçamento sério, caracterizado pelo equilíbrio entre receita e despesa", sublinhou Bohn Gass. "Com a rejeição da matriz tributária, os deputados da oposição eliminaram fontes de recursos. E, ao mesmo tempo, apresentaram emendas ampliando ainda mais os gastos do estado. Desta forma, a situação fica insustentável. Com as 'propostas' da oposição, o orçamento estadual sofreu um rombo de R$ 593,1 milhões". Ivar Pavan lembra que o orçamento 2001 é de R$ 10, 7 bilhões. E foi construído com a participação de 281 mil cidadãos, em 670 assembléias públicas do Orçamento Participativo. "As prioridades apontadas são educação, agricultura, transporte, saúde e geração de emprego. E merecem uma análise respeitosa".

12/05/2000


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