Orçamento será a prioridade do Congresso após o segundo turno



A prioridade do Congresso após a votação de segundo turno das eleições será a votação do projeto de lei do Orçamento de 2003, já tramitando na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nem mesmo as 35 medidas provisórias que passarão a bloquear a pauta de votações da Câmara nos próximos dias (quatro já estão bloqueando) poderão impedir a votação do orçamento. A Constituição proíbe a votação de qualquer projeto quando uma medida provisória ultrapassa os 45 dias de sua assinatura pelo presidente da República, exceto o projeto orçamentário, conforme interpretação aceita no Congresso.

O presidente da Comissão Orçamento, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), pretende se reunir com os assessores do presidente da República a ser eleito dia 27 próximo e com líderes partidários no Congresso para decidir como poderão ser feitas alterações na proposta orçamentária que já está na comissão.

O candidato à Presidência José Serra já declarou que, se eleito, pretende fazer pelo menos uma alteração, para destinar mais recursos à Previdência Social e, assim, sustentar um reajuste mais elevado para o salário mínimo. A mudança do projeto de orçamento por um presidente eleito não é incomum. Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, após sua posse em janeiro de 1995, retirou o orçamento do Congresso para alterações e o Congresso só encerrou a votação da lei três meses depois.

No Senado, o presidente Ramez Tebet também deverá decidir com os líderes partidários os projetos que poderão ser votados logo após as eleições. Um dos projetos mais importantes, e que pode constar da pauta, é a emenda constitucional que reforma o Poder Judiciário. A proposta já está pronta para votação no Plenário, depois que o parecer do relator, senador Bernardo Cabral, (PFL-AM), foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Caso a Câmara vote após o segundo turno eleitoral alguma das 35 medidas provisórias que constam de sua pauta, elas também deverão ter prioridade no Senado, bloqueando suas votações, inclusive a reforma do Judiciário. Os senadores, no entanto, têm votado com rapidez as medidas provisórias que passam pela Câmara, evitando a paralisação dos trabalhos no Senado.



16/10/2002

Agência Senado


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