Osmar Dias anuncia sua filiação ao PDT
Em discurso proferido nesta segunda-feira (dia 24), Osmar Dias qualificou como "um absurdo" a posição da direção nacional do PSDB. Afirmou ter optado pelo PDT depois de ter conversado com PT e PMDB. Argumentou que, como vai lutar para que a CPI seja ainda instalada, sua presença em qualquer partido integrante da base aliada do governo seria indesejável.
- Vou insistir para que se complete as 27 assinaturas, para dar esta satisfação à sociedade brasileira, que deseja a instalação da CPI - afirmou o senador.
Osmar Dias disse que saia do PSDB "sem discurso de mágoa", mas observou que a atitude de seus dirigentes merece ser analisada pela classe política. Ele indagou se "a crise política não é conseqüência da crise moral que toma conta do governo federal e dos governos de muitos estados brasileiros".
O parlamentar defendeu a união dos partidos de oposição no Paraná para "varrer a corrupção que toma conta do governo do estado", e a formação de alianças com o PMDB e com o PT. Osmar dias afirmou que a população deseja uma auditoria para investigar contas do atual governo.
O senador criticou o presidente da República por não ter identificado na corrupção "uma das causas mais importantes da geração de pobreza no país", onde mais de 50 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da miséria. Também lamentou o fato de o país gastar R$ 277 bilhões com o serviço da dívida e de ter apenas R$ 11 bilhões previstos no orçamento para investimentos.
Em aparte, o senador Lauro Campos (PDT-DF) saudou o novo colega de bancada, anunciando que pretende apresentar um projeto qualificando como falta de decoro parlamentar a retirada de assinatura de requerimento para instalação de CPI. Já o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) lamentou a saída de Osmar Dias do partido e desejou que ele continue "prestando serviços ao Paraná e ao Brasil".
FRONTEIRA
No mesmo discurso, Osmar Dias pediu a interferência do governo federal para a crise na fronteira do Brasil com o Paraguai. Os trabalhadores brasileiros sem documentos de imigração estão impedidos de trabalhar em Cidade do Leste, como conseqüência de movimento iniciado por desempregados paraguaios.
Osmar Dias advertiu o Itamaraty que as negociações chegaram a um impasse. O assunto, informou, será discutido na reunião desta semana da Comissão Mista Especial do Mercosul, presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR).
24/09/2001
Agência Senado
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