Osmar Dias cobra medidas para conter violência na Grande Curitiba



O senador Osmar Dias (PDT-PR) reivindicou em Plenário, nesta segunda-feira (17), providências para a reversão do quadro de violência que avançaria de forma preocupante na região metropolitana de Curitiba. Segundo informou, o registro de 530 assassinatos na área, em 2002, teria evoluído para 874 ocorrências em 2006. A taxa de homicídios é de 49 mortes por grupo de 100 mil habitantes, bem acima dos 38 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes apurados no Rio de Janeiro, capital que também vive um drama na área de segurança pública.

- Os números são alarmantes e revelam que há uma precariedade no sistema de segurança da capital e região metropolitana. Curitiba, outrora, era considerada uma capital pacífica, tranqüila, sem problemas de criminalidade e de segurança - lamentou.

Os registros de homicídios divulgados pelo senador foram extraídos de reportagem publicada, nesta segunda-feira (17), no jornal Gazeta do Povo. De acordo com o parlamentar, os dados sobre violência levantados pela Secretaria de Segurança do estado não conferem com as estatísticas divulgadas pela imprensa, baseadas em informações do Mapa da Violência - elaborado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI).

Osmar Dias disse que especialistas atribuem essa escalada de violência à facilidade com que drogas e armas entram no Paraná por suas fronteiras externas - o estado faz divisa com o Paraguai e a Argentina. Mudanças nessa realidade dependem, na sua visão, de esforços conjuntos entre os governos municipal, estadual e federal. Nesse sentido, recomendou a mobilização de um maior número de homens do Exército e da Polícia Federal para atuar no controle das fronteiras. Também defendeu a ampliação dos postos policiais nos bairros e dos grupos de policiamento móvel.

- Se o crime avançou demais foi porque não se tomaram as providências preventivas. Isso revela a falência das políticas públicas adotadas até agora - disse.

O representante do Paraná aproveitou para elogiar o prefeito de Curitiba, Beto Richa, pela criação de uma secretaria antidrogas. Em seguida, renovou a cobrança por uma articulação mais próxima entre os diferentes níveis de governo e sugeriu mais esforços na área educacional, com a ampliação das escolas em turno integral e do ensino profissionalizante para os jovens.



17/03/2008

Agência Senado


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