Osmar Dias defende o fim da reeleição



Ao analisar a reforma política, em votação na Câmara esta semana, o senador Osmar Dias (PDT-PR) apoiou a proposta do Partido dos Trabalhadores (PT) para o fim da reeleição.

- Seria importante que o PT levasse avante essa idéia do fim da reeleição com mandato de cinco anos. Não dá mais para a população pagar o preço da reeleição, custa muito caro ao país. Quem está governando um estado, ou um município, ou até o próprio país, se não tiver pudor, usa a máquina de forma vergonhosa. Torna o processo eleitoral desigual - afirmou o parlamentar, acusando ainda ocupantes de cargos do Poder Executivo de mandar "o dinheiro público para determinados órgãos, com a finalidade de depreciar a imagem dos seus concorrentes".

Em sua análise, feita em pronunciamento no qual pediu a palavra como líder, Osmar Dias defendeu a cláusula de barreira, para limitar o número de partidos, já que "esse número enorme de partidos, durante o processo eleitoral, acaba proporcionando um balcão de negócios". Também por achar que são propostas que enfraquecem os partidos, condenou as coligações nas eleições proporcionais e a federação partidária, esta última utilizada por partidos pequenos que não conseguiram o coeficiente eleitoral estipulado na cláusula de barreira.

Em contrapartida, defendeu a fidelidade partidária, que qualificou como "o fator mais importante da reforma política". Mas ressalvou que a fidelidade deve ser ao programa do partido, não a seu líder, lembrando que há partidos "que nem programa tem". Opinou ainda ser contra a lista fechada de parlamentares - sistema no qual o eleitor vota apenas no partido, que apresenta os nomes dos candidatos em uma ordem pré-determinada, sendo eleitos os primeiros, até atingir o número de parlamentares conquistados naquela eleição.

- A lista fortalece o partido, mas tira do eleitor também o direito de escolher a pessoa que vai ser eleita - argumentou.

Por fim, Osmar Dias defendeu o voto distrital, como forma de defender regiões mais carentes economicamente, e pediu a proibição da divulgação das pesquisas eleitorais a menos de 15 dias das eleições. Lembrou que, em recente projeto aprovado pelo Congresso, apresentou emenda estipulando esta proibição, vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

11/06/2007

Agência Senado


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