Osmar Dias diz que professores querem garantias contra agressões em sala de aula
Depois de aprovado pelo Congresso o piso nacional de R$ 950 para o professor de ensino básico, na semana passada, os professores pedem que os deputados e senadores encontrem uma forma que garanta a tranqüilidade deles em sala de aula, evitando que sejam vítimas de agressões por parte dos alunos. O pedido foi repassado ao Plenário pelo senador Osmar Dias (PDT-PR), que participou de reuniões com professores paranaenses na última sexta-feira (4). O senador foi relator do projeto que criou o piso nacional.
Os professores, disse Osmar Dias, querem a valorização da sua atividade e respeito - tanto da sociedade quando nas salas de aula. Ele propôs aos demais senadores que seja iniciada uma discussão visando a elaboração de um projeto de regulamento que assegure autoridade aos professores, "mas sem autoritarismo". Lembrou que hoje um aluno que pratica alguma indisciplina em sala é encaminhado à coordenação da escola e raramente existem punições, especialmente nas escolas particulares.
Osmar Dias respondeu à reclamação dos professores que já têm salário superior ao piso aprovado, lembrando que o mesmo projeto criou a hora-atividade, prevendo que os professores deverão dedicar no máximo dois terços de sua carga de trabalho em sala de aula ou atividades diretas com alunos. O projeto também estendeu o piso aos professores aposentados, o que não estava no projeto original do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
- É verdade que no centro-sul uma parte dos professores já ganha os 950 reais do piso. Entretanto, 41% dos professores brasileiros têm remuneração mais baixa. O piso vai beneficiar 1,5 milhão de professores do país - afirmou.
Depois de ter lido reclamação do presidente do Senado, Garibaldi Alves, que afirmou haver mais debate nas comissões do que no Plenário, Osmar Dias sustentou que isso "pode ser resolvido", desde que se cumpra à risca o regimento da Casa. Ponderou que os senadores costumam pedir a palavra "pela ordem", originalmente destinada a pedir esclarecimentos sobre a sessão, mas acabam fazendo pequenos discursos. Com isso, acrescentou, os senadores que querem fazer debates acabam prejudicados.
07/07/2008
Agência Senado
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