Osmar Dias sugere debate sobre a crise no ensino brasileiro



Ao registrar que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - levantamento realizado pelo Ministério da Educação para avaliar a educação básica nacional - constatou mais uma queda no desempenho dos alunos que se submeteram ao teste, o senador Osmar Dias (PDT-PR) sugeriu ao presidente da Comissão de Educação (CE), senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a realização de um debate para verificar o que o Senado pode fazer para reverter a tendência de piora na qualidade do ensino.

O Enem apresentou o pior desempenho médio desde 2002. Na avaliação de Osmar Dias, o mais grave é que o número de estudantes matriculados medido em 2006 caiu em 530 mil, comparado com 2005. Ele alertou que estes 530 mil jovens entre 15 e 17 anos que estão fora das salas-de-aula não deixaram o estudo para trabalhar, já que o crescimento do emprego em 2006 foi negativo, com relação a 2005. Foram criados 317.493 empregos a menos no ano passado.

Osmar Dias lembrou que a queda na qualidade do ensino e a evasão escolar está condenando estes alunos a ingressarem no mercado de trabalho apenas em postos que não exijam qualificação. Outras conseqüências, acrescentou, são o crescimento da criminalidade, o aumento do desemprego e do emprego informal e do de baixa qualidade.

Em aparte, Cristovam Buarque aceitou a sugestão de Osmar Dias e marcou para a próxima terça-feira uma reunião na CE onde o assunto será debatido. O senador pelo Distrito Federal classificou o resultado como uma tragédia educacional e o considerou tão grave quanto uma inundação, um terremoto ou um tsunami. Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ainda não ter tomado uma atitude sobre o assunto. Já o senador Mão Santa (PMDB-PI) opinou que as escolas públicas "estão uma lástima".

08/02/2007

Agência Senado


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