Pacote habitacional divide opinião de senadores



Vários parlamentares comentaram em entrevistas o lançamento do pacote habitacional anunciado pelo governo na manhã desta quarta-feira (25). O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) rebateu declarações da oposição de que o anúncio do pacote é "meramente eleitoreiro". O senador afirmou que o programa é uma política de inclusão social capaz de impulsionar a economia, ajudando a enfrentar a crise financeira internacional. Segundo o senador, o setor da construção civil é uma das formas de se gerar emprego, porque "não pressiona as contas externas e puxa uma série de setores importantes da indústria".

- Eu espero que a oposição, em vez de ficar nessa crítica superficial, mobilize governadores, prefeitos e o Congresso Nacional para um programa de grande impacto social. O país sente o impacto da crise, e por isso precisa priorizar os setores que geram emprego, movimentam a economia e amenizam os efeitos dessa crise - destacou o senador.

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), negou qualquer intenção eleitoreira do pacote, uma vez que o objetivo do programa é melhorar as condições de habitação no país e fomentar a economia com a geração de emprego.

- Se melhorar as condições do Brasil é algo eleitoral, o governo age nessa perspectiva. Também são eleitorais as críticas ao governo quando ele age bem. Não podemos antecipar a disputa eleitoral. O governo está trabalhando e a oposição está criticando. Cada um está fazendo o seu papel - concluiu.

Já o senador José Agripino (DEM-RN) questionou as metas do pacote e a origem dos recursos para os subsídios, além de considerar inviável o programa, classificado pelo senador como um "anúncio de marketing".

Também questionando a falta de prazos para execução do projeto, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que mesmo que haja o início imediato das obras, os recursos para os subsídios serão pagos pelo próximo governo.

- Nós achamos que tem que ter programa habitacional, que é importante para a população, para a geração de empregos, mas precisa ser uma coisa séria, segura, com previsão, meta, financiamento, clareza, estimativa e projeto - afirmou Sérgio Guerra. 

O Programa

O plano de habitação lançado pelo governo prevê a construção de 1 milhão de casas, a partir de um investimento total de R$ 34 bilhões. A intenção é reduzir em 14% o déficit habitacional no país, estimado no documento que detalha o programa em 7,2 milhões de moradias. O financiamento a ser pago pelas famílias atendidas pelo programa será proporcional à renda familiar. A distribuição das casas obedecerá à composição do déficit por região. A execução do programa terá início em abril.



25/03/2009

Agência Senado


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