Padronização do vinho brasileiro a regras do Mercosul na pauta do Plenário
O Plenário do Senado poderá votar na terça-feira (5) os pareceres dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) ao projeto de lei da Câmara (PLC 89/2000) que estabelece os padrões a serem seguidos na produção e comercialização do vinho brasileiro em razão de normas do Mercosul. O projeto define os vários tipos de vinho, assim como estabelece categorias de acordo com a cor e o teor de açúcar, além de fixar parâmetros de graduação alcoólica.
Tanto na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovado, quanto nas comissões de Assuntos Econômicos e Sociais do Senado, a matéria mereceu elogios por parte dos relatores. Os parlamentares entendem que essa adequação do vinho brasileiro a padrões internacionais deverá elevar a participação do Brasil no mercado externo.
Simon, por exemplo, observou que o vinho nacional vem melhorando de qualidade, chegando a obter muitos prêmios no exterior - especialmente no que se refere ao tipo espumante. Os pesados investimentos feitos nas vinícolas do Rio Grande do Sul, responsáveis por 90% da produção brasileira, e a abertura de novas áreas produtoras no Vale do São Francisco (Bahia e Pernambuco), têm garantido equilíbrio nas trocas com o exterior: atualmente as importações respondem por 43,9% do consumo nacional.
Espera-se que o aumento das exportações e da participação do vinho nacional no mercado interno possam permitir aumentar a renda e os empregos no setor. De acordo com o deputado Inácio Arruda, esse aumento deve ocorrer como resultado dos investimentos que estão sendo feitos nas regiões tropicais, onde é possível se produzir em qualquer época do ano, mas também pelo plantio direcionado a fabricação de vinhos finos em regiões tradicionais e nos chamados pólos emergentes.
30/09/2004
Agência Senado
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