Paim anuncia desafio de dotar a TV Senado de um canal aberto



O 1º vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), registrou os oito anos de fundação da TV Senado, nesta quinta-feira (5), afirmando que a emissora foi "o primeiro canal das casas legislativas do Brasil, inovou a televisão brasileira e deu outra dinâmica às atividades desta Casa, quando passou a transmitir ao vivo os trabalhos do Plenário e das comissões, abrindo ao país uma realidade conhecida por poucos". Paim afirmou que o desafio, hoje, é dotar a TV Senado de um canal aberto, o que possibilitará sua sintonia por uma audiência bem mais ampla.

A criação do canal aberto foi abordada ainda, em aparte, pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Segundo Ideli, "provavelmente a TV Senado também será a pioneira em termos de TV aberta".

- O processo está adiantado e estamos com grande expectativa - acrescentou a senadora.

Em seu discurso, Paim destacou que, na TV Senado, os brasileiros vêem o Legislativo sem censura e sem cortes e encontram uma opção de programas que valorizam também a cultura, a saúde, a educação "e tudo mais que interesse ao cidadão". Lembrou que a emissora tem programação de 24 horas diárias, inclusive nos fins de semana, e que o seu sinal cobre todo o país, levado pelas emissoras de TV a cabo, por antenas parabólicas de tipo analógico e digital e em sinal aberto de UHF.

O senador acrescentou que boa parte dos profissionais da TV Senado é regida por contratos precários de trabalho, mediante terceirização, "situação que o Senado não devia permitir". O vice-presidente informou que a Mesa está discutindo novo caminho para valorizar os profissionais da TV Senado e defendeu a importância de se modificar o sistema de terceirização, igualando, nas relações trabalhistas, os profissionais que desempenham a mesma função.

Paim aproveitou para reafirmar a opinião de que o sistema de comunicação do Senado presta à Casa, aos seus integrantes e a todo o Brasil um trabalho de informação que, "por sua seriedade e penetração, merece todo o respeito da nação". Ele homenageou também a Rádio Senado, a Agência Senado e o Jornal do Senado, e cumprimentou o presidente José Sarney (PMDB-AP), "que iniciou o sistema na Casa".

Ideli registrou o "belíssimo trabalho" desenvolvido por toda a equipe de comunicação do Senado e disse que os parlamentares têm a medida exata da repercussão e da importância desse trabalho quando voltam ao estado e constatam que as pessoas acompanham as sessões pela TV, o noticiário da rádio e comentam os temas políticos. Ideli também ressaltou o papel de Sarney, "que comprou essa briga do controle externo do trabalho desenvolvido aqui".

Demostenes Torres (PFL-GO) qualificou de "magníficos" os profissionais da TV Senado e disse que a transmissão das atividades da Casa ajuda a desmistificar o pensamento popular de que o político não trabalha. Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) fez um "elogio escancarado" aos profissionais da TV e da Rádio Senado, pelos serviços prestados à Casa e ao país, destacando que, por meio desses veículos de comunicação, o parlamentar tem condições de prestar contas à população. Gerson Camata (PMDB-ES) também aparteou o discurso de Paim, afirmando que o eleitor pode vigiar a atuação do parlamentar que elegeu.

Na presidência da sessão, o 1º secretário do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), registrou o "esforço olímpico" do presidente José Sarney para chegar ao objetivo de dotar a TV Senado de um canal aberto e, numa segunda etapa, de um canal internacional. Tuma elogiou também o empenho do diretor da Secretaria de Comunicação Social, Armando Rollemberg, da diretora da TV Senado, Marilena Chiarelli, e da direção da Rádio Senado.



05/02/2004

Agência Senado


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