Paim celebra centenário de nascimento de Mário Quintana



O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou em Plenário, nesta quinta-feira (7), o centenário do nascimento do poeta gaúcho Mário Quintana. Paim apresentou em seu discurso uma síntese da biografia do poeta e leu trechos de seus mais conhecidos poemas.

Quintana, nascido em Alegrete no ano de 1906, lembrou Paim, teve a primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventoslançada em 1940 pela Editora Globo. A obra, continuou o senador, obteve ótima repercussão e seus sonetos passaram a figurar em livros escolares e antologias.

- Preso a sua querida Porto Alegre, mesmo assim Quintana fez excelentes amigos entre os grandes intelectuais da época. Seus trabalhos eram elogiados por Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Morais, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira - recordou.

Paim lamentou o fato de Mário Quintana não ter sido aceito como membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), mesmo tendo sido indicado por três vezes para ocupar uma cadeira na isntituição.

- Ele não perdeu; quem perdeu foi a Academia Brasileira de Letras por não poder dizer que o 'imortal' poeta Mário Quintana está entre os seus escolhidos - disse Paim, explicando que assim respondeu a uma pergunta de seu filho sobre as motivações da ABL para não escolher Mário Quintana.

Paim leu, entre outros poemas de Mário Quintana, o quarteto Das Utopias:

"Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos se não fora

A mágica presença das estrelas!"

07/12/2006

Agência Senado


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