Simon lê versos para homenagear centenário de Mário Quintana



"As religiões cresceram entre os humildes, porque aqueles que estavam por cima já se julgavam no paraíso". "A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer". "Viajar é mudar o cenário de nossa solidão". "O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado". Estes foram alguns dos versos lidos pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), da tribuna do Plenário, ao homenagear o centenário de nascimento do poeta gaúcho Mário Quintana.

- Mário Quintana não aceitaria um pronunciamento tradicional. Aliás, seria interessante saber o que o poeta pensaria dessa homenagem, ele que escreveu, no poema Percalços da posteridade: 'O mais irritante de nos transformarem um dia em estátuas é que a gente não pode coçar-se' - disse

Simon Lembrou que, quando a Prefeitura de Alegrete, cidade natal de Mário Quintana, quis homenageá-lo, em 1968, com um monumento na praça principal e pediu ao poeta que escrevesse algo para uma placa que ali seria colocada, Mário se recusou a fazê-lo, dizendo que "um erro em bronze é um erro eterno". A frase foi então colocada no monumento, à revelia do poeta.

O poeta nasceu em 30 de julho de 1906 e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Em 1940 lançou seu primeiro livro de poesias, Rua dos Cataventos. Foi derrotado nas três vezes que se candidatou a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Simon lembrou que, pensando nos que não o apoiaram, Quintana teria escrito o seu Poeminha do contra. "Todos esses que aí estão atravancando meu caminho. Eles passarão... eu passarinho!".



07/12/2006

Agência Senado


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