Paim critica mudanças feitas pela Câmara no projeto de Código Florestal



O senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou apoio, nesta quinta-feira (10), ao movimento da sociedade civil que, por meio das redes sociais, defende o veto presidencial ao novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados. O parlamentar afirmou que o texto aprovado pelo Senado foi resultado de amplo debate e acordo entre diversos partidos, associações e segmentos sociais. Mesmo assim, afirmou, os deputados federais acabaram promovendo mais de 30 mudanças no texto.

Para Paim, a Câmara, ao modificar o texto, não respeitou o acordo firmado no Senado.

– Entendíamos que o acordo aqui firmado seria aprovado por unanimidade na Câmara e não foi o que aconteceu. Um acordo feito por deputados, senadores, sociedade civil e o próprio Executivo e que foi totalmente alterado na Câmara. Por isso, eu me somo a esse movimento feito pelas redes sociais, em defesa do meio ambiente, em defesa da nossa agricultura, dos pequenos agricultores, dos rios e das florestas, enfim, em defesa do planeta – declarou.

Segundo o senador, os deputados retiraram do texto do novo Código Florestal pontos importantes relativos à recomposição da vegetação nas áreas de preservação permanente; cálculos de áreas protegidas; espécies ameaçadas; áreas úmidas; morros e encostas; aquicultura; crédito rural; entre outros.

Copa de 2014

Paim também registrou ter sido contra a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos jogos da Copa do Mundo de 2104, possibilidade prevista na Lei Geral da Copa (PLC 10/2012) aprovada pelo Senado na noite da quarta-feira (9).

De acordo com o senador, a maioria dos senadores ficou constrangida em ceder neste ponto, visto que a venda de bebidas em estádios é proibida em todo o território nacional pelo Estatuto do Torcedor. Assim como outros senadores, Paim apresentou emenda ao projeto tentando impedir a liberação. Todas foram rejeitadas.

– O Ministério Público demonstra que, depois do acordo feito entre os estádios e as federações de futebol, diminuíram as brigas, diminuíram os acidentes de trânsito, diminuíram as mortes. A violência com a qual a bebida alcoólica acaba contribuindo voltará a acontecer agora – disse.



10/05/2012

Agência Senado


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