Paim defende aprovação de PEC que reduz jornada de trabalho para 40 horas semanais



O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu, nesta sexta-feira (8), em Plenário, a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) de sua autoria que reduz a jornada de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição do salário (PEC 75/03). Paim apelou ao senador Marco Maciel (DEM-PE), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde tramita a matéria, para que a proposta seja colocada em votação.

Paim informou também que as centrais sindicais de trabalhadores vão colher assinaturas de apoio à aprovação da proposta em ato a ser realizado na segunda-feira (11), na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal, em São Paulo. Essa discussão sobre a redução da jornada de trabalho também é apoiada pelas confederações de trabalhadores e por alguns setores do empresariado, informou o senador em Plenário.

- A redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, é uma antiga reivindicação do movimento sindical brasileiro e, tenho certeza, de todos os trabalhadores - salientou.

O senador destacou, dentre os benefícios da redução da jornada de trabalho, a criação imediata de cerca de três milhões de novos postos de trabalho; a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores; a contribuição para melhorar a distribuição da renda; a redução de acidentes de trabalho e mais tempo para lazer e convívio familiar. Com isso, Paim acredita que a redução irá fortalecer o ciclo econômico, uma vez que mais brasileiros estarão empregados e terão um tempo livre maior para o consumo.

A PEC, explicou Paim, prevê ainda uma redução gradativa da jornada de trabalho após o dia 1º de janeiro do exercício seguinte ao ano em que for aprovada a jornada de 40 horas semanais. O objetivo da proposta é reduzir uma hora por ano até chegar a uma jornada de 36 horas semanais. Isso significará, ao final, como observou o senador, uma jornada de 6 horas diárias a todos os brasileiros. Para ele, "o nosso país está maduro o suficiente para implantar a medida que vai gerar, de forma escalonada como estão propondo, em médio prazo, cerca de sete milhões de novos empregos". O parlamentar sugeriu a instalação de uma comissão especial no Senado para debater o tema.

Aposentados

Em seu pronunciamento, Paim também comentou carta do presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Marcilio Alves da Silva, enviada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com reivindicações dos aposentados. O documento faz referência a temas debatidos no 19º Encontro Nacional dos Aposentados e Pensionistas, realizado na cidade de Aparecida (SP), em 27 de janeiro.

De acordo com o documento, contou o senador, aposentados e pensionistas ligados a todos os movimentos sociais querem a aprovação do projeto de lei de sua autoria, que garante a esses brasileiros o direito a voltar a receber o número de salários mínimos que recebia à época em que se aposentaram (PLS 58/03). A proposta, explicou, também visa a garantir o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo aos aposentados. Paim disse que o projeto, apresentado com apoio de mais de um milhão de assinaturas, está pronto para ser examinado em Plenário e pediu ao presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho, que coloque rapidamente a proposta em votação.

Garibaldi disse que está à disposição para colaborar em propostas que favoreçam aposentados e pensionistas e, ainda, que devem existir outras propostas tramitando na Casa com o mesmo objetivo.

- (Espero) que possamos ter iniciativas que não sejam isoladas, que haja esse empenho nosso em favor dos aposentados e dos pensionistas, que são pessoas sofridas ao longo desse processo da vida política e econômica do país - afirmou Garibaldi.



08/02/2008

Agência Senado


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