Paim defende política permanente de reajuste dos benefícios de aposentados
Em pronunciamento nesta segunda-feira (3), em Plenário, o senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a perspectiva de um salário mínimo de R$ 407, conforme prevê o projeto de Orçamento de 2008, mas cobrou das autoridades uma política permanente de reajuste dos benefícios pagos a aposentados e pensionistas. O projeto foi entregue na sexta-feira (31) pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros.
- Não está ainda previsto na peça orçamentária apresentada à Casa. Como fica a vida dos cerca de 27 milhões de aposentados e pensionistas? É fundamental que os aposentados e pensionistas recebam pelo menos o mesmo percentual de reajuste que é dado ao mínimo. Se analisarmos somente os últimos dez anos, veremos que a perda que tiveram os aposentados em relação ao número de salários mínimos recebidos já ultrapassa 70%. Quem se aposentou com cinco [salários mínimos] está ganhando três ou dois. E quem se aposentou com dois está ganhando um - afirmou.
Durante o pronunciamento, Paim citou estudo do diretor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, João Sabóia, segundo o qual, nos últimos dez anos, o salário mínimo obteve um ganho real (acima da inflação) equivalente a mais ou menos 45%.
- Ele [o professor] diz que isso contribuiu para mais da metade da redução da desigualdade registrada no mesmo período. Ou seja, ele prova cabalmente que o salário mínimo é o principal instrumento de distribuição de renda neste país - disse Paim.
No inicio de seu discurso, Paim encaminhou à Mesa voto de aplauso pelos 35 anos da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), com sede em Canoas, no Rio Grande do Sul; pelos 50 anos da Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS) e do Grupo Sinos de Comunicação.
03/09/2007
Agência Senado
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