Paim divulga documento encaminhado ao líder do PT



O senador Paulo Paim (PT-RS) encaminhou à Mesa, nesta terça-feira (12), documento enviado ao seu partido no último dia 6, em que explica sua opinião com relação à reforma da Previdência. No documento, o senador gaúcho esclarece que não é contra a reforma, mas que se preocupa com a redação dada à paridade na Câmara dos Deputados, que, a seu ver, pode excluir do benefício 750 mil servidores públicos.

Como solução, Paim propõe uma emenda supressiva à PEC nº 67/2003, que reforma a Previdência. Ele explicou que, com isso, a PEC não retornaria à Câmara e poderiam ser feitos os ajustes necessários à chamada PEC paralela.

Igualmente, o parlamentar sugere que uma outra emenda supressiva possa assegurar o subteto único nos estados. Paim pede também uma regra de transição que não prejudique os mais pobres, que começaram a trabalhar mais cedo. Para ele, é possível ainda avançar na discussão sobre a contribuição dos inativos.

- Permaneço à disposição para dialogar, acreditando que o bloco de apoio ao governo estabeleça um processo de ampla negociação para evitarmos um choque perigoso e de conseqüências não mensuráveis no Plenário - afirma o senador no documento encaminhado ao líder do PT, senador Tião Viana (AC).

José Dirceu

Pela manhã, a bancada do PT no Senado esteve reunida com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e com o presidente do partido, José Genoíno, discutindo a posição a ser adotada na reforma da Previdência. Depois do encontro, o senador Paulo Paim declarou que recebeu do ministro um apelo para votar favoravelmente não somente à PEC da reforma da Previdência, mas também acompanhar o governo nas votações das emendas destacadas pelas oposições. Segundo Paim, o ministro chegou a lhe fazer a sugestão de apresentar um voto em separado, mas que, ao final, votasse com o governo.

- Há certos momentos na vida em que nós, ou ficamos com nossa história, ou seguimos novos caminhos. Eu, particularmente, prefiro ficar com minha história - disse Paim, que reafirmou, em entrevista à imprensa, que, se for submetido ao conselho de ética do PT por votar contra a reforma da Previdência, sairá do partido antes que isto aconteça.



12/11/2003

Agência Senado


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