Paim: divulgação de dados sigilosos é grave e precisa ser esclarecida



"Se existe um espião, deve estar ligado à oposição, pois se a pessoa está dentro do Palácio [do Planalto], recolhe documentos e passa a opositores do governo, está fazendo o jogo da oposição, o jogo da confusão que só prejudica a ministra Dilma Rousseff e todo o governo do presidente Lula", afirmou na sexta-feira (4) o senador Paulo Paim (PT-RS), em entrevista a jornalistas.

Para o parlamentar, o Executivo cumpre seu papel ao divulgar as despesas dos ministérios por meio do Portal da Transparência e ao prestar todas as informações solicitadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos. O senador classificou de "absurda" a criação de uma CPI exclusiva do Senado para investigar irregularidades nos gastos do governo.

- É um exagero, desvaloriza um instrumento tão importante que é a comissão parlamentar de inquérito. A Casa praticamente não vota nada de importante para o país desde novembro e por isso a imagem do Senado está tão ruim frente à opinião pública - frisou.

Em resposta aos jornalistas, Paim opinou que a recusa do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) em revelar suposta fonte de informação sobre o dossiê que detalha gastos do governo Fernando Henrique Cardoso é um direito constitucional e não se configura em quebra de decoro. No entanto, ele observou que, se Alvaro Dias não pode "de livre e espontânea vontade dizer quem está passando o material, é porque existe espião dentro do Palácio do Planalto".

- Se alguém está tendo esse papel, trazendo para fora documentos sigilosos, tem que assumir a responsabilidade, principalmente quem recebe o material e autoriza sua divulgação à imprensa. Isso é muito grave e precisa ser esclarecido - afirmou Paim.



04/04/2008

Agência Senado


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