Paim diz que viver com o salário mínimo é "uma espécie de escravidão"
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta quinta-feira (29) que votará contra a medida provisória que o governo enviará para o Congresso reajustando o salário mínimo em R$ 20, passando de R$ 240 para R$ 260. Paim lembrou que o trabalhador que recebe o salário mínimo ficava, antes do reajuste, com apenas R$ 17 depois de comprar alimentos, situação que vai permanecer quase inalterada.
- Acredito que viver com isso seja uma espécie de escravização - afirmou o senador, adiantando que continuará tentando convencer o Congresso a elevar o salário mínimo até US$ 100, conforme proposição de sua autoria.
Para atingir tal meta, o senador entende que basta os parlamentares tomarem consciência de sua prerrogativa de legislar e fazer justiça social. Na sua avaliação, nem ameaças de déficit na Previdência ou de quebradeira de prefeituras configuram motivo suficiente para impedir que o Congresso eleve o padrão de vida do trabalhador que recebe salário mínimo, "a menor remuneração do mundo", conforme afirmou.
Paim lembrou que em outras ocasiões o Congresso até dobrou o valor do salário mínimo "e nenhuma empresa quebrou, nem prefeitos deixaram de administrar".
29/04/2004
Agência Senado
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