Paim lamenta morte de historiador que desvendou história de Zumbi dos Palmares



O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou, com pesar, que no último dia 9 completaram-se seis meses da morte do historiador gaúcho Décio Freitas, que foi, em sua opinião, "o pioneiro na sistematização da figura mítica de Zumbi dos Palmares, decifrando o herói e dando-lhe a concretude". O escritor, autor do livro Palmares, a guerrilha negra, publicado em 1971, morreu em Porto Alegre (RS) aos 83 anos.

Paim observou que, além de retirar Zumbi da condição de figura lendária, Décio Freitas mudou a visão que se tinha sobre a resistência do Quilombo dos Palmares. Segundo o senador, dados e informações apresentados pelo historiador mostraram que o movimento foi a maior insurreição escrava da América Latina. Seu livro também serviu para abrir caminho para que outros títulos abordassem o tema da escravidão no Brasil, afirmou Paim.

Segundo registrou o parlamentar, Décio Freitas, que manteve por muitos anos coluna no jornal Zero Hora de Porto Alegre, consagrou-se como um dos maiores historiadores das insurgências populares do Brasil colonial e imperial, o que se depreende de outra obra do escritor, Os guerrilheiros do imperador.

- Fica aqui a minha saudação especial a Décio Freitas, extensiva aos gaúchos e brasileiros que contribuíram para desvelar uma outra história desses guerreiros anônimos que, de uma forma ou outra, participaram ou participam da formação de uma nova consciência social, alicerçada no respeito às diferenças culturais, sociais e individuais - concluiu Paim.



21/09/2004

Agência Senado


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