Paim propõe câmara de conciliação para discutir venda de armas




O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta terça-feira (12) que embora não seja contrário às ações que vêm sendo propostas na direção do desarmamento, inclusive a realização de um plebiscito, relatou em Plenário sugestão - recebida de "alguém ligado à indústria de armas" -, de constituição de uma câmara de conciliação para tratar do assunto. Essa câmara teria a participação empresários do setor, governo e a sociedade civil e buscaria um entendimento no sentido de que a produção de armas seja destinada apenas ao Estado.

Segundo Paim, as vendas da indústria de armas no país são muito pequenas e o setor tem interesse em chegar a um entendimento que possa a levar a um pacto pelo desarmamento, incentivando as pessoas para que continuem a devolver as armas. Em sua opinião, é possível "construir uma saída negociada sem necessariamente passar ainda por um plebiscito".

Paim anunciou que na próxima segunda-feira (18) vai propor um debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) com psiquiatras, psicanalistas e psicólogos para debater o problema da violência no país. Ele também pretende convidar para esse debate, professores universitários, "para tentar encontrar uma solução através da educação".

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse, em aparte, que ficou "entusiasmado" com o pacto com os fabricantes brasileiros de armas proposto por Paim. Ele ressaltou que é preciso também combater o contrabando de armas nas fronteiras.

Fundos de pensão

Paim ainda alertou para a precariedade da fiscalização dos fundos de pensão. O eixo do debate foi a situação do Instituto Aerus de Seguridade Social, fundo de pensão dos empregados da Varig, Cruzeiro e Transbrasil, que se encontra sob intervenção. Um comandante ganhava em torno de R$ 14 mil e hoje recebe R$ 150 como aposentado. O próximo fundo a decretar uma situação de emergência será o Instituto Portus de Seguridade Social, fundo de pensão dos empregados da extinta Portobrás. Outros fundos como a Previ, do Banco do Brasil, também se encontram em situação delicada.



12/04/2011

Agência Senado


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