Paim: se aprovou reajuste para servidores, Câmara também pode acolher aumento para aposentados



Depois de lembrar que a Câmara dos Deputados concedeu ao fim da noite passada reajuste de até 33% para seus servidores, o senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou em Plenário, nesta sexta-feira (11), que os membros daquela Casa sejam coerentes e aprovem também projeto que vincula o reajuste de todas as aposentadorias ao salário mínimo e o que extingue o índice que reduz o valor do benefício de quem se aposenta antes da idade prevista em lei, o chamado fator previdenciário.

- Não tenho nada contra reajuste de 30%, 50% ou mesmo 100% para quem quiser. Estão fazendo isso para o Judiciário e o próprio Executivo, mas não aprovar o reajuste dos aposentados é de chorar. Não dá para entender, ninguém conseguirá entender - afirmou.

As medidas do interesse dos aposentados foram introduzidas nos projetos por emendas de Paim na votação dessas propostas no Senado. São essas emendas que agora precisam ser analisadas pela Câmara, o que vem motivando manifestações dos aposentados naquela Casa. O Ministério da Previdência é contra a aprovação das duas proposições e articula, no caso do fator previdenciário, a aprovação de uma medida alternativa.

Mulheres

No pronunciamento, o senador também manifestou apoio ao Fórum Itinerante das Mulheres na Previdência Social, nesse momento reunido em Brasília. O objetivo do movimento é garantir a inclusão previdenciária de grupos de mulheres que ainda estão fora do sistema, como as donas de casa. Outra meta é promover a redução das desigualdades entre mulheres e homens.

O senador aproveitou ainda o discurso para divulgar campanha do Ministério da Saúde que incentiva a população masculina a adotar cuidados preventivos na detecção precoce de problemas como câncer, diabete e distúrbios coronários.

O senador aproveitou para defender projeto de sua autoria, também em exame na Câmara, com a finalidade de garantir internações de emergência em hospitais privados na ausência de vagas nos estabelecimentos públicos. Depois, a despesa seria ressarcida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pela iniciativa, ele recebeu aplausos dos senadores Mão Santa (PSC-PI) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), mas esse mostrou-se cético, devido à baixa remuneração dos SUS aos prestadores de serviços privados.



11/12/2009

Agência Senado


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