Palestra faz recomendações para manejo da ferrugem asiática da soja



Será em Campinas nesta terça-feira, 16, às 14h, no Centro de Fitossanidade do IAC

“Manejo da ferrugem asiática da soja” é o tema da sétima palestra do Ciclo de Fitossanidade do Instituto Agronômico, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento  de São Paulo (IAC/Apta/SAA), que ocorre nesta terça-feira (16 de setembro), às 14 horas, em Campinas.

Em 30 de setembro, termina o período do vazio sanitário e o produtor deve estar atento para o início da plantação. Para isso, ele deve fazer a escolha correta da cultivar para evitar prejuízos que podem ser causados pela ferrugem. Segundo a pesquisadora Margarida Fumiko Ito - coordenadora do evento ao lado de César Pagotto Stein e palestrante do dia - o objetivo é apresentar recomendações para manejo da doença.

O vazio é o período de ausência total de plantas vivas de soja, iniciado em 1º de julho a 30 de setembro nos Estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Tocantins. O Mato Grosso e o Paraná tiveram o vazio entre 15 de junho e 15 de setembro. No Maranhão e na Bahia, o período começou em 15 de agosto e segue até 15 de outubro.

Há vários anos, a doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Sydow afeta a soja no Brasil e já foram gastos bilhões de dólares na tentativa de controle, segundo Margarida. “A partir da safra 2000/01, essa doença tem causado custos acima de US$ 7 bilhões ao seu controle. Tornou-se a mais preocupante nas principais regiões produtoras de soja do Brasil”.

A erradicação da ferrugem asiática é praticamente impossível, pois as condições de desenvolvimento do fungo são compatíveis ao ambiente ideal para a cultura, explica a pesquisadora. “O patógeno pode sobreviver em restos culturais, os esporos sobrevivem de 40 dias a 60 dias, além de apresentar muitos hospedeiros alternativos: 42 gêneros e 95 espécies. As condições ideais à cultura da soja também são ideais ao desenvolvimento da ferrugem asiática”, diz.

Assim, a luta é para não deixar o fungo se desenvolver, o que deve partir tanto dos pesquisadores quantos dos produtores. Porém, nessa época de término do vazio sanitário, são os agricultores que devem estar atentos. “Nesse período, a área de pesquisa científica fica liberada: monitorada e controlada. A erradicação das plantas vivas (voluntária) de soja é de responsabilidade do produtor.”

O produtor deve adotar ações preventivas de observação antes de aderir ao fungicida, orienta a pesquisadora. “O monitoramento deve ser o mais abrangente possível, com maior atenção para as primeiras semeaduras e locais com maior acúmulo de umidade. Deve ser intensificado próximo ao florescimento e constatação da ferrugem na região. A aplicação de fungicidas deve ser preventiva ou assim que observar os primeiros sintomas”.

Os sintomas são pontuações minúsculas nas folhas. Com o seu desenvolvimento, formam-se as urédias ou pústulas, facilmente observadas no verso da folha. Depois, formam-se os uredosporos, que são liberados e disseminados pelo vento. A folha amarelece e cai prematuramente.

O PRODUTO NO ESTADO - Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, (IEA/Apta/SAA), a área de soja em São Paulo atingiu 489 mil hectares em 2007, com produção de 21,1 milhões de sacas de 60 quilos e valor da produção de quase R$ 661 milhões, o que a coloca entre os dez principais produtos paulistas.

A região do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Assis, que engloba 16 municípios, é a maior produtora de soja do Estado (133,5 mil hectares na safra 2006/07, com produção de 5,3 milhões de sacas). O valor da produção totalizou R$ 166 milhões. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Apta)

Serviço

Ciclo de Palestra de Fitossanidade VII - "Manejo da ferrugem asiática da soja"
Data: 16 de setembro
Horário: 14 horas
Local: Centro de Fitossanidade do IAC - Fazenda Santa Elisa - Prédio da Fitopatologia - Av. Theodureto de Camargo, 1.500, Campinas/SP

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

 



09/15/2008


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