PALMEIRA REPUDIA ASSASSINATOS EM ALAGOAS



O senador Guilherme Palmeira (PFL-AL) manifestou nesta segunda-feira (dia 4) o seu repúdio em relação aos assassinatos da deputada Ceci Cunha, seu esposo, seu cunhado e sua sogra, ocorridos em Maceió. O senador classificou a chacina de ato covarde, brutal, sem sentido e condenável e disse que é preciso erradicar de vez esse tipo de violência em Alagoas. "Nós não podemos calar nem podemos nos acomodar ante esses métodos selvagens que nos atingem a todos, no mais íntimo de nossa consciência, enxovalham a vida cívica de Alagoas e denigrem nossa imagem em todo o país", afirmou.Palmeiras explicou que os representantes do povo alagoano não clamam por vingança, mas por justiça e que a comoção que tomou conta da opinião pública de Alagoas e o sentimento de indignação que testemunhou em Arapiraca exigem mais que providências urgentes e medidas imediatas. Para o senador, é preciso a mobilização de todos. "Temos que romper o medo, o sentimento de impunidade e a cadeia de omissões que têm permitido que os delinqüentes convivam em nosso meio, desfrutem do convívio da sociedade e participem impunemente dos atos cotidianos, afrontando nossa dignidade", sugeriu o senador.Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) disse que o país já não suporta mais a violência, que não acontece apenas em Alagoas, mas em todo o Brasil. Tebet acrescentou que conhecia e admirava a deputada Ceci Cunha. O senador Francelino Pereira (PFL-MG) afirmou que é inacreditável que fatos como esse aconteçam num momento em que o país vive uma democracia plena. Francelino chamou de "ato de vergonha" a chacina que, segundo ele, deixou Alagoas abismada. O senador destacou os nomes heróicos que tiveram origem em Alagoas e marcaram a história brasileira em contrapartida aos bandidos que tiraram a vida da deputada no dia da sua diplomação.Guilherme Palmeira ressaltou ainda que não admite tolerância para estes assassinatos, pois é preciso ser inflexível na punição dos que insistem em colocar em risco a sobrevivência de todos, "como se em Alagoas imperasse a lei da selva. Se a vida e a segurança de uma deputada, coberta pelo manto da imunidade parlamentar, não pode ser preservada nem garantida, se a existência de seus parentes mais próximos pode ser ceifada dessa maneira brutal e chocante, é sinal de que a sociedade está enferma, os poderes públicos estão sob a ameaça dos bandidos e sicários a soldo dos interesses mais mesquinhos e a Justiça se tornou refém dos meliantes. É o estado de direito que já não pode ser garantido e quando o império da lei se curva ao poder do crime e se torna a garantia da impudência dos criminosos, já não sabemos a quem apelar".Palmeira destacou o empenho do ministro da Justiça, Renan Calheiros, que, juntamente com a Polícia Federal e o governador Manoel Gomes de Barros, procuraram e encontraram os criminosos responsáveis pela chacina.

04/01/1999

Agência Senado


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