Palocci: Simon diz que não há mais motivos para CPI




O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse, em discurso nesta terça-feira (7), que não há mais motivos para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a situação financeira do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que pediu demissão do cargo na noite desta terça. Senadores da oposição chegaram a afirmar, após a demissão de Palocci, que ainda havia necessidade da CPI.

Simon reconheceu, no entanto, que "foi estranho Palocci estar montando um governo, no ano passado, e ao mesmo tempo ganhando R$ 10 milhões".

O senador disse que embora respeite Antonio Palocci, acredita que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva não deveria ter interferido no caso e impedido que o ministro fosse demitido há mais tempo, desautorizando a própria presidente Dilma Rousseff.

- Por que no caso da quebra de sigilo do caseiro o Lula demitiu o Palocci e agora disse para a Dilma não demitir? Se a presidente demite em cima da declaração do Lula, está criada a crise - disse o senador.

Simon observou, no entanto, que "Dilma é mais firme do que alguns imaginavam e deve demonstrar sua força e autoridade".

O senador Pedro Taques (PDT-MT) disse, em aparte, que Lula enfraquece o governo Dilma ao tentar resolver problemas que não lhe dizem respeito quando, na qualidade de ex-presidente da República, deveria se portar como uma instituição.

Gleisi Hoffman

Simon disse que admira a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que irá assumir a chefia da Casa Civil, e classificou sua escolha pela presidente Dilma Roussef como "muito corajosa e muito feliz". Para ele, é muito bom para o Congresso Nacional ter Gleisi Hoffman como interlocutora.

O senador garantiu que se alia àqueles que rezam para que o governo Dilma dê certo e disse que esse é o momento de traçar novas linhas, como a reforma política e outras propostas positivas e reais.

- Eu acho que a hora é agora. A CPI morreu, vamos caminhar para um lado positivo - afirmou.

Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Valdir Raupp (PMDB-RO) se associaram ao pronunciamento de Simon.



07/06/2011

Agência Senado


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