Papaléo alerta sobre suposto complô para impedir votações



Às 16h43 desta quarta-feira (25), poucos minutos após o presidente do Senado, José Sarney, anunciar que aguardaria a chegada de um maior número de senadores ao Plenário para colocar em votação os seis primeiros itens da ordem do dia - que exigiam quórum qualificado de 3/5 da composição da Casa - o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) levantou a possibilidade de estar havendo um complô.

- Mesmo com respeito aos senhores senadores, podemos até pensar, senhor presidente, que está havendo um complô aqui entre partidos políticos, ainda em consequência da eleição, que muitos não conseguem engolir até hoje, de V. Exª - afirmou Papaléo, dirigindo-se a Sarney.

Papaléo pediu que houvesse um chamado de atenção às lideranças - que falam em nome dos partidos - para que façam seus liderados comparecerem às votações. A ausência de parlamentares do PT em Plenário (havia quatro naquele instante, de um total de 12), fez com que Papaléo comentasse que "essa é uma mensagem muito negativa que o governo está mandando para o povo para, no meu entender, ajudar a desmoralizar esta Casa".

O senador Flávio Arns (PT-PR), logo em seguida, negou que o PT ou o governo estejam promovendo represálias em virtude da derrota do senador Tião Viana (PT-AC) para a Presidência do Senado. Ele garantiu que o processo eleitoral está "completamente terminado" e que os petistas estão todos os dias na Casa trabalhando intensamente não apenas no Plenário, mas nas diversas comissões temáticas.

- O processo eleitoral já se encerrou; isso está muito claro. Nós queremos contribuir para que o Senado recupere também a sua credibilidade - disse Flávio Arns.

Para o senador, dizer que "fulano e sicrano não estão presentes por alguma ainda relacionada ao processo eleitoral, não corresponde com a realidade".



25/03/2009

Agência Senado


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