Papaléo diz que o povo quer governantes honestos
Fazendo seu primeiro discurso na tribuna do Senado, o senador Papaléo Paes (PTB-AP) disse que o cidadão comum quer saúde, educação, segurança, emprego e -governantes que trabalhem com honestidade, dedicação e vontade de servir e não de se servir do povo-.
Afirmando que não se pode mais conviver com um estado inerte, ele disse que a reforma política - um das bandeiras do presidente da Casa, José Sarney - certamente conduzirá o país a um sistema mais ordenado e racional, no qual -não venham a prevalecer as questões casuísticas, mas a ética, tão necessária para a credibilidade do político-.
O senador explicou que a política deve ser entendida como missão e que o mandato não deve ser visto como um prêmio, mas como uma convocação para o exercício dessa missão, a serviço do desenvolvimento do país.
Na opinião de Papaléo Paes, o Brasil tem pressa para realizar as reformas, mas essa urgência por mudanças não pode atropelar o ordenamento jurídico, nem ser feita sem a participação do país e sem o respeito a propostas divergentes.
- Precisamos de reformas sem surpresas, coerentes e consistentes. E mais: que sejam em prol da construção de um país próspero, onde o povo também participe efetivamente dessa prosperidade.
Dirigindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele disse que o novo governo se inicia num momento de grande esperança do povo brasileiro e que -a sociedade está a exigir do governante que seus anseios e direitos sejam respeitados e as propostas de campanha sejam cumpridas-.
Papaléo disse ter consciência das dificuldades, complexidades e demandas enfrentadas pelo governo, mas reconheceu no presidente da República coragem, vontade e determinação de servir o país. Também se disse seguro de que o presidente do Senado colocará toda a sua experiência de homem público a serviço do Legislativo e do país. Em aparte, os senadores Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) e Duciomar Costa (PTB-PA) cumprimentaram Papaléo por seu discurso.
19/03/2003
Agência Senado
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