Papaléo lamenta "descaso" do governo com aposentados
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou o que classificou de "descaso" do ministro da Previdência, José Pimentel, com relação à reivindicação dos aposentados e pensionistas pela reposição do poder de compra dos benefícios pagos pela Previdência Social.
Em discurso durante a vigília em defesa dos aposentados, ele afirmou que o presidente do Senado, Garibaldi Alves, cumpriu seu papel ao abrir as portas de seu gabinete para que o assunto fosse discutido entre o ministro, senadores e deputados. Mas o resultado, afirmou, foi o "mais decepcionante possível".
Papaléo considera que o ministro deveria ter sido "mais honesto" e mostrado sua determinação "em não atender a essa justa reivindicação dos aposentados". Ele lamentou a ausência de sensibilidade do governo, a começar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ao menos dar continuidade às discussões em torno dos três projetos de lei que, após aprovação no Senado, aguardam deliberação na Câmara.
- Os aposentados não têm culpa nenhuma pela irresponsabilidade dos governos que passaram, e do atual, com relação ao que é recolhido pela Previdência, não sabemos onde foi parar o dinheiro da Previdência - ressaltou.
Após elogiar a aprovação unânime das iniciativas pelo Senado, Papaléo Paes admitiu "um certo pessimismo" ao lamentar a ascendência do governo federal sobre a Câmara, onde possui uma base de apoio maior.
- Infelizmente as pessoas deixar sua consciência de lado, seu compromisso com o povo, seus discursos em palanques, e votam com o governo porque têm recompensas. Há pouco tempo denunciaram o mensalão, mas há também os cargos, cada um pega um pedacinho e vota a favor do governo - acusou.
Papaléo considerou a sessão de vigília como "gratificante, oportuna e necessária", por fazer bem à alma a solidariedade a quem sempre lutou, trabalhou e busca um direito, por propiciar um reexame sobre a condição de vida desses beneficiários, que muitas vezes sustentam suas famílias, e por mostrar ao governo que os senadores não estão brincando, mas defendendo uma medida "mais do que justa".
Ele citou dados do Sintap (Sindicato dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos) segundo os quais, caso não haja recomposição dos benefícios, em 10 anos, o número de aposentadorias e pensões equivalentes a um "minguado salário mínimo" será de 40% do total.
Além disso, 57% dos municípios do país, salientou Papaléo Paes, tem sua economia calcada principalmente em benefícios de aposentados e pensionistas.
- Por isso, devemos considerar o benefício como um instrumento de distribuição de renda. Foi por isso que saí do PMDB para ingressar no PSDB, pois discordei da postura do partido na reforma da Previdência - lembrou.
03/12/2008
Agência Senado
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