Papaléo lamenta má gestão de recursos públicos em obras dos Jogos Pan-Americanos
Ao comentar reportagem da revista Veja denunciando a existência de indícios de irregularidades e de mau gerenciamento nas obras das instalações dos Jogos Pan-Americanos, que serão realizados no Rio de Janeiro em julho, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou a falta de qualidade nos gastos públicos efetuados no país.
- A falta de planejamento, de transparência, a desorganização e o estouro do orçamento verificados nas obras do Pan são um exemplo vergonhoso de como o bem público é tratado no Brasil - disse.
Papaléo ressaltou o fato de as obras no Rio de Janeiro terem consumido, até o momento, R$ 3,6 bilhões, cerca de 12 vezes os gastos médios das quatro últimas edições dos Jogos Pan-Americanos, ocorridas em Santo Domingo, Winnipeg, Mar Del Plata e Havana.
Lembrando que a previsão inicial de gastos para o total das obras foi de apenas R$ 173 milhões, Papaléo considerou o desembolso atual, de R$ 3,6 bilhões, "inimaginável até mesmo para os mais incompetentes administradores".
Papaléo criticou também, baseando-se em matéria do jornal Correio Braziliense, a ocorrência de três aditamentos que elevaram de R$ 76,8 milhões para R$ 119,80 milhões o preço da obra de construção do Centro Esportivo Deodoro. Tais acréscimos, frisou o senador, ultrapassaram em mais do dobro os 25% de aditamentos possíveis na Lei de Licitações.
05/06/2007
Agência Senado
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