Papaléo Paes diz que a ciência mostra a inexistência de diferenças raciais
De acordo com o parlamentar, durante o processo da evolução, até chegar a forma humana final, nossos ancestrais tiveram de se adaptar às condições ambientais. Há pouco menos de dois milhões de anos, provavelmente, como começaram a fazer longas caminhadas e precisavam esfriar o corpo, os homens acabaram perdendo os pêlos. Com isso, ficaram com o corpo exposto e as células produtoras de melanina se espalharam por toda a pele.
- A mudança na coloração da pele ocorreu porque, nos ambientes próximos à linha do Equador, a pele negra era uma adaptação necessária para manter o nível de folato (uma vitamina do complexo B) no corpo, garantindo, assim, a descendência sadia. Afinal, a deficiência de ácido fólico em mulheres grávidas pode causar graves defeitos no feto, e o folato é essencial em atividades que envolvem a proliferação rápida de células, como a produção de espermatozóides.
O parlamentar explicou ainda que, ao longo de sua evolução, o homem saiu da África e chegou à Ásia, de lá foi para a Oceania e a Europa e, por fim, para a América. Segundo Papaléo Paes, nas regiões menos ensolaradas, a pele negra começou a bloquear demasiadamente os raios ultravioleta, sabidamente nocivos, mas essenciais para a formação da vitamina D, necessária para manter o sistema imunológico e desenvolver os ossos.
- Por isso as populações que migraram para regiões menos ensolaradas desenvolveram uma pele mais clara, para aumentar a absorção de raios ultravioleta.
De acordo com o senador, a diferença de coloração da pele - da mais clara até a mais escura - indica simplesmente que a evolução do homem procurou encontrar uma forma de regular nutrientes. Assim, acrescentou, o avanço da ciência evidenciou não a inexistência de uma raça superior, muito menos a superioridade de uma raça sobre as demais, mas algo muito mais radical.
- A ciência moderna comprova, simplesmente, a inexistência das raças, ou, melhor dizendo, comprova que pertencemos todos a uma única raça, a raça humana.
08/11/2004
Agência Senado
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